Satisfeito com treinos, Magnano parte para os jogos: ?Espírito é muito bom?

Satisfeito com treinos, Magnano parte para os jogos: ?Espírito é muito bom?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:17

Foram duas semanas de pouca folga e muito trabalho. Sob o comando do argentino Rubén Magnano, a seleção brasileira de basquete treinou duro ao longo de 16 dias no Rio de Janeiro e, a partir de agora, começa a colocar em prática o resultado de todo esse esforço. Na quinta-feira, a delegação viajou para Brasília, onde disputa um torneio amistoso no fim de semana com Venezuela, Angola e Chile. Na véspera do embarque, Magnano recebeu o GLOBOESPORTE.COM no saguão do hotel em que a delegação estava hospedada, na Zona Oeste carioca. Satisfeito com a resposta que teve dos atletas até agora, o argentino anunciou que fará seu último corte e fechará a lista de 12 nomes depois das partidas em Brasília. Assim, já viaja para os amistosos em Nova York com o grupo que vai representar o país no Mundial da Turquia, no fim do mês. O comandante está otimista, mas isso não significa refresco para os jogadores: 'É preciso obter uma melhora diária, e isso só se consegue com trabalho'.

GLOBOESPORTE.COM: A primeira fase de treinos chegou ao fim. Qual é a sua avaliação?

RUBÉN MAGNANO: Nestas duas semanas, foi um treinamento muito legal, com muito comprometimento por parte dos atletas. Tivemos algumas adversidades, com gente machucada, mas com bom espírito para ir adiante. O ideal é ter todos os jogadores disponíveis para o treino no momento da apresentação. Não aconteceu assim por algumas adversidades, temas contratuais, ou de lesões. Mas o espírito é muito bom. Trabalhamos duro, com muitas expectativas. Todos estão confortáveis, inclusive no que diz respeito ao hotel, à gastronomia, ao ginásio, à quadra. O transporte também foi ótimo e rápido.

No ano passado, o espanhol Moncho Monsalve reclamava muito disso, porque o ônibus levava mais de uma hora do hotel até o Maracanãzinho.

Pois é, agora foi um lugar bem perto, em 10 minutos saímos da quadra e voltamos para o hotel. Isso tem um valor muito grande, é um tempo de descanso que eles aproveitam.

Queria que você comentasse as escolhas dos jogadores puxados da seleção B, que foi campeã no Sul-Americano. O pivô Murilo, MVP do torneio, foi uma opção natural. O armador Nezinho foi uma surpresa para alguns. Qual foi o seu critério?

O critério sem dúvida é técnico. Mas não é uma decisão de uma ou duas partidas. Trabalhei com eles por quase um mês em São Paulo. Na hora de tomar minha decisão, pesou muito o caráter do Nezinho em quadra. Ele teve momentos importantes nas partidas, com muita determinação. Esse foi um dos pontos. Também pesou o que a comissão técnica do Sul-Americano me falou, a avaliação que eles fizeram.

Você tem agora 13 jogadores no grupo e diz que a lista ainda não está fechada. Quando vai bater esse martelo?

A não ser que aconteça algo estranho, minha ideia é decidir depois do Super 4 e já viajar para Nova York com a equipe final.

Se realmente levar três armadores, como todos esperam, o Raulzinho já poderá contribuir efetivamente no Mundial? O é mais um projeto para o futuro, para ele pegar ambiente de seleção tendo em vista o Pré-Olímpico do ano que vem e os Jogos de 2012? Qual o seu projeto para ele?

Ele está muito perto de ficar no grupo, mas ainda não está confirmado. Se ele ficar na equipe final, será mais para essa equação que você falou, de ter em mente como é uma seleção adulta, para o futuro. Mas poderá, sim, ajudar em algum momento.

Na Copa América, no ano passado, o Brasil rodava basicamente sete, no máximo oito jogadores. Agora você tem o Nenê e o Marquinhos, que não estavam em San Juan. Já tem uma ideia de quantos atletas pretende usar na sua rotação durante os jogos?

Não sei qual treinador pode falar que “só vamos jogar com seis, com sete, com dez”. Há variáveis no jogo que não me permitem avaliar isso agora. Acredito que o cenário ideal esteja entre nove e dez jogadores. Mas há jogos que pedem oito, e jogos que pedem 11 ou 12.

A posição 3 tem sido muito discutida no Brasil nos últimos anos. Na Copa América, quem jogou nela foi Alex, que, apesar de não ser tão alto, é um grande defensor. Agora você também tem o Marquinhos. O que está pensando para esta posição?

São mesmo esses dois jogadores. Isso no ataque. Na defesa, talvez mudando um pouco. Leandrinho às vezes se sente mais cômodo defendendo um ala do que um armador. Não seria um problema. Assim como a altura de Alex também não é um problema, porque tem uma fortaleza para defender um adversário mais alto tranquilamente.

O Alex é o seu principal jogador defensivo? Pensa em usá-lo sempre para marcar o maior pontuador de perímetro do adversário? Ou até um armador, como ele fez com o argentino Pablo Prigioni na Copa América?

Ele seguramente vai pegar um pontuador. Até porque agora, para dar um respiro na posição 1, temos Nezinho e o terceiro armador. Não podemos esquecer que Huertas também é um bom defensor. Vem de uma temporada em que defendeu muito bem Prigioni e Ricky Rubio. Mas, voltando à sua pergunta, Alex vai ficar mais em cima de um pontuador adversário.

Nos amistosos do Super 4, você já vai conseguir colocar em prática tudo que fez nos treinos? Ou as questões físicas ainda vão limitar alguns desses testes?

Temos alguns problemas físicos. Nenê ainda está se recuperando. Tiago e Anderson ainda estão retomando suas verdadeiras formas. Vamos acertando isso durante o torneio. O restante da equipe está bastante bem.

Ao fim da primeira fase de treinos, essa boa resposta dos jogadores te deixou mais otimista?

Eu tinha muita esperança que fosse assim. Isso alimenta a confiança de todo mundo. Há um ambiente ótimo, mas não podemos confundir e parar aí. Devemos trabalhar mais para adicionar ainda mais química à equipe. É preciso obter uma melhora diária, e isso só se consegue com trabalho.

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