Sem fazer força, Santos afunda o Vasco e assiste à Copa do G-4

Sem fazer força, Santos afunda o Vasco e assiste à Copa do G-4

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:24

Não teve espetáculo, não teve show de Ganso, e a dancinha foi tímida. Mas quem disse que tudo isso era necessário para golear? Com um futebol menos encantador do que o que se acostumou a apresentar em 2010, o Santos trocou a arte pela eficiência e bateu o Vasco por 4 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro, em partida válida pela sétima rodada do Brasileirão.

Com Robinho na seleção e Neymar suspenso, coube ao artilheiro André, duas vezes, a Madson e ao novato Maranhão marcarem os gols que deixam o Peixe no G-4 durante a pausa para a Copa do Mundo: com 12 pontos, a equipe está em quarto. De quebra, o time completou dois jogos sem sofrer gols, algo que não acontecia desde outubro do ano passado. Coincidentemente, os dois jogos sem o agora ex-titular Felipe.

Já o Vasco vê se estender por, no mínimo, mais um mês e meio seu drama. O time da Colina tem apenas cinco pontos e permanece na vice-lanterna até o dia 14 de julho, quando encara o Goiás, às 21h50m (de Brasília), no Serra Dourada, na volta da competição após o Mundial da África. O Santo tem o clássico contra o Palmeiras, no dia seguinte, no Pacaembu.

Trapalhada de Prass resulta em gol do Santos

O Santos não tinha Robinho, na seleção, não tinha Neymar, suspenso, e contava com um Ganso nada inspirado. Ainda assim, não foi necessário muito para sair na frente do Vasco em um primeiro tempo onde forçou apenas seis minutos para abrir o placar. O time carioca, por sua vez, muito dependente de Philippe, até se esforçava, mas esbarrava na própria incompetência.

Comandado por Dorival Júnior, responsável pela volta do Vasco à Série A, o Santos começou a partida como quem não tivesse dúvidas de que uma hora ou outra encontraria espaços para largar na frente. E a paciente troca de passes de um lado para o outro, sem objetividade, por pouco não foi castigada. Aos sete, Jefferson mostrou que os vascaínos estavam vivos em chute de longe, e três minutos depois Philippe Coutinho desperdiçou grande oportunidade.

Ao tabelar com Nílson, o jovem de 17 anos recebeu frente a frente com Rafael, tocou colocado, mas parou no goleiro, que fez grande defesa. Com um Ganso irreconhecível, o Peixe errava muitos passes e quase não criava. A primeira boa chance surgiu aos 15, em cobrança de falta de Marquinhos. Fernando Prass se enrolou todo, mas conseguiu fazer a defesa. O lance, porém, era um sinal de que o camisa 1 não vivia uma grande tarde.

Sempre com Coutinho, o Vasco até buscava espaços no ataque. Nada digno de registro. Até que, aos 30 minutos, o Santos resolveu pressionar. Primeiro, Mádson serviu André, que dominou e chutou rápido, acertando a trave. Foi a senha para uma verdadeira 'blitz'. Dois minutos depois, André cruzou rasteiro, a bola passou por toda a área e encontrou Léo na esquerda. O lateral chutou novamente para o meio, Wesley desviou, e Dedé, em cima da linha, recuou para defesa de Prass. Infração não marcada pelo árbitro.

Tudo parecia estar tranquilo, o goleiro vascaíno deixou a bola no chão, tentou sair jogando, e se esqueceu de Léo. O santista, que tinha caído fora do campo após o cruzamento, aproveitou-se do vacilo, roubou a bola e sofreu pênalti, cobrado e convertido por André: 1 a 0.

A vantagem não impediu que o Santos continuasse no ataque. E Madson, aos 36, ainda forçou o goleiro a fazer boa defesa. Atordoado, o Vasco buscou o ataque em vão. Na descida para o intervalo, Prass admitiu a responsabilidade pela derrota parcial.

- Erro meu. Não vi o Léo atrás de mim, ele acabou roubando a bola.

Madson se destaca, e o Peixe goleia

Na volta para o segundo tempo, a passividade e a “simplicidade” com que Celso Roth justificou com o óbvio a má atuação cruzmaltina davam indícios de que dificilmente a equipe teria forças para reagir.

- Precisamos errar menos e fazer gols – disse o treinador.

Mas o Vasco continuou nulo no ataque e errando muito. Tanto que, logo aos seis minutos, Maranhão, que tinha acabado de substituir Rodriguinho, teve tempo para carimbar Dedé, pegar o rebote, chutar novamente e acertar o ângulo: 2 a 0.

Se as esperanças vascaínas já eram poucas no início do segundo tempo, se reduziram ainda mais aos nove, quando Roth trocou Coutinho, único a tentar levar o time para o ataque, por Fumagalli, que seria expulso dez minutos depois. Neste período, porém, André fez mais um.

Assumindo o papel do irreconhecível Ganso, Madson puxou a jogada para o meio e descolou lindo passe para o atacante tocar com categoria na saída de Prass e marcar o terceiro. Com uma goleada contra, o treinador vascaíno optou por evitar um placar mais elástico e trocou o atacante Nilson pelo volante Léo Gago. A estratégia, mais uma vez, não deu certo.

Com muito espaço para atacar, o Peixe ainda desperdiçou bom contragolpe com Wesley antes de ampliar, aos 28. Zezinho chamou Cesinha para dançar, foi ao fundo e cruzou para Madson apenas escorar. Revelado pelo Vasco, o baixinho trocou as tradicionais coreografias pelo silêncio.

E assim continuou o panorama do jogo: o Santos pressionava, e o Vasco se segurava como conseguia. Não conseguiu muito, mas contou com a má pontaria de Zezinho e Marquinho para manter o placar inalterado antes do apito final do árbitro José Caldas de Souza.

Postado por: Cristiano Bitencourt

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições