Sob os gritos de Adriano, Fla empata com Madureira e se complica

Sob os gritos de Adriano, Fla empata com Madureira e se complica

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:50

      A invencibilidade foi mantida a duras penas. O Madureira abriu 3 a 1 aos 17 do segundo tempo. Deivid e Thiago Neves arrancaram o empate por 3 a 3. Mas o que ficou da atuação do Flamengo neste domingo em Macaé é que a opção de Vanderlei Luxemburgo e da diretoria de esnobar Adriano trará consequências a cada resultado negativo.

Quando a derrota parecia consumada, os torcedores gritaram pelo Imperador, que acertou contrato até o fim de 2012 com o Corinthians, e pediram a saída do treinador. Mas não foi a ausência de Adriano, que está machucado e só tem condições de jogar daqui a dois meses, que causou o tropeço rubro-negro.

Mais uma vez, o time foi frágil ofensivamente, com pouca mobilidade e exagerando na previsibilidade. Desta vez, porém, ainda apareceu o componente da defesa instável. Welinton fez um gol contra constrangedor, e os atacantes do Madureira tiveram facilidade para entrar na área de Felipe.     Campeão da Taça Guanabara, o Flamengo acumula três empates seguidos na Taça Rio e segue fora da zona de classificação às semifinais. O time está em quarto lugar no Grupo A, com nove pontos. O próximo jogo será contra o Duque de Caxias, no sábado, no Engenhão. Lutando contra o rebaixamento, o Madureira está em sexto lugar no Grupo B, com quatro pontos.

Gol contra de Welinton e foguete de Léo Moura

O sexto jogo do Flamengo no Cláudio Moacyr não foi diferente dos demais. Time adversário recuado, dificuldade na armação e reação inicial fria da torcida, longe do “caldeirãozinho” propagado por Vanderlei Luxemburgo para defender os jogos em Macaé, a 200km de distância da capital.

A atuação do Flamengo também não ajudou. Mesmo com as voltas de Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, o time seguiu burocrático, sem movimentação e pecando pela falta de fundamentos de alguns jogadores. Wanderley, por exemplo: apesar de esforçado, vibrante e dos cinco gols no ano, o atacante se enrolou com a bola em diversos lances.

Pode parecer pouco crível, mas a primeira boa chance do jogo só aconteceu aos 33 minutos. Léo Moura levantou da direita, Thiago Neves subiu e cabeceou para fora.

A síntese da atuação desastrosa do Flamengo aconteceu no lance seguinte, aos 34. Abedi cruzou da esquerda, e a bola cairia mansamente nas mãos de Felipe. Porém, afobado, Welinton resolveu cortar. Pegou mal na bola e acertou o ângulo direito. Constrangedor a ponto de os jogadores do Madureira nem comemorarem direito o gol.

- Bateu na canela e entrou. Não foi o primeiro da carreira - disse o zagueiro, que encarou o lance com bom humor.

Em desvantagem, o Rubro-Negro foi para o abafa. Aos 42, Wanderley rolou e Léo Moura chutou forte, no alto, para empatar. Foi o primeiro gol dele em 2011.

"Ah, é Adriano" desnorteia Luxa e comissão técnica

No intervalo, Vanderlei tirou o estreante Lorran, que até teve boa movimentação pela esquerda, e colocou Diego Maurício. Aos quatro minutos, Drogbinha driblou um zagueiro, chutou forte e Cleber teve dificuldade para espalmar.

O Madureira ficou novamente em vantagem aos 11. Michel recebeu de Abedi, driblou Galhardo e Welinton com facilidade e tocou rasteiro no canto direito.     A torcida se irritou, e aos 17 minutos o fantasma se materializou. O estádio inteiro começou a pedir em coro por Adriano. A situação piorou. Aos 18, o Madureira fez o terceiro. A defesa esburacada do Flamengo deu espaço, e Baiano tocou na saída de Felipe.

Ronaldinho tentou diminuir cobrando falta. Cleber espalmou. Enquanto o estádio criticava Luxemburgo, a Polícia Militar tomou precauções. Quase uma dezena de homens ficou posicionada atrás do banco de reservas.

Diego Maurício, aos 27, recebeu de Thiago Neves na esquerda, cruzou à meia altura e Deivid empurrou para o gol vazio. O time ficou “mordido” e passou a disputar cada bola como se estivesse numa final de campeonato. O empate veio aos 39. Thiago Neves chutou forte de longe e Cleber espalmou para dentro: 3 a 3 e comemoração exagerada no banco. O preparador físico Antônio Mello pediu silêncio aos torcedores, e Vanderlei Luxemburgo também se virou para as arquibancadas. Mas o empate após o apito final fez reacender as vaias da torcida.        

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