Suposta venda do meia Lucas irrita pai do jogador e gera polêmica

Suposta venda do meia Lucas irrita pai do jogador e gera polêmica

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:21

Jorge, pai de Lucas, sempre vai ao aeroporto esperar

o filho (Foto: Sergio Gandolphi/Globoesporte.com) A notícia de que o empresário uruguaio Juan Figer negocia na Itália o meia Lucas com o Inter de Milão irritou o pai e procurador do jogador, Jorge Rodrigues. A informação foi publicada nesta quarta-feira pela Gazzetta dello Sport, principal jornal de esportes da Itália.

Dizendo-se espantado com o suposto início de negociação no recente encontro que Figer teve em Milão com Marco Branca, diretor-geral do Internazionale, o pai de Lucas criticou o empresário, garantindo que ele não tem permissão para falar em nome do jogador. Jorge Rodrigues também disse que “esse tipo de coisa só prejudica o meu filho”, e insinuou que “há alguém por trás disso”.

Questionado se haveria interferência do São Paulo, já que Juan Figer tem estreitas ligações com o presidente Juvenal Juvêncio, o pai de Lucas saiu pela tangente. Mas um membro do estafe de Wagner Ribeiro – este, sim, o agente de Lucas – afirmou que há essa suspeita, já que o São Paulo teria a necessidade de vender um jogador para ter dinheiro para a reformulação da equipe na virada do ano. Procurado pela reportagem, Wagner Ribeiro disse “repudiar” a conduta de Juan Figer, que “não é e nem nunca foi empresário de Lucas” e que, portanto, não poderia negociar em nome do meia. Wagner, porém, evitou críticas ao clube.

- Lucas está feliz no São Paulo, tem contrato longo (até o fim de 2015) e nem pensa em sair antes da Olimpíada (de 2012). É só isso o que tenho para dizer.

Juan Figer, por meio de sua assessoria, nega que o encontro com o dirigente do Internazionale tenha sido para tratar de uma negociação com Lucas. Já os dirigentes do São Paulo, até o início da tarde desta quarta-feira, não haviam retornado os recados deixados pelo GLOBOESPORTE.COM em suas caixas de mensagens.

“Meu filho não é mercenário”

O pai de Lucas teme que a exposição de uma suposta negociação prejudique a imagem do meia, já que o time vem caindo pelas tabelas. E o próprio Lucas já admitiu que não vem jogando bem há algum tempo.

- O time não passa por um bom momento. Se sai um negócio desses na imprensa, amanhã a torcida começa a pegar no pé dele, chamando de “mercenário”. E meu filho não é mercenário – disse Jorge Rodrigues, chateado.

– É muito estranho sair uma notícia dessas agora, é como se tivesse alguém por trás disso, querendo plantar informação – emendou o pai de Lucas.

No início do ano, o meia Lucas renovou contrato com o São Paulo (Foto: Site Oficial / www.saopaulofc.net) Porcentagem do jogador está à venda

Jorge, porém, admite que esteve com Juan Figer há três meses, e que ouviu do empresário uma proposta pelos 30% dos direitos econômicos que pertencem ao jogador – os outros 70% são do São Paulo. O pai de Lucas admite que pensa em vender esses 30% “porque seria um dinheiro muito importante para a família”, mas diz que recusou a proposta de Juan Figer “porque era muito baixa”.

– Se ele chegasse no valor que eu queria, venderia, sem problema. Mas não chegou – diz Jorge, sem revelar valores.

A multa rescisória de Lucas com o São Paulo é de € 80 milhões (mais de R$ 193 milhões). Se for vendido por esse valor, o meia ficaria com o equivalente a quase R$ 58 milhões. O pai de Lucas sabe que clube nenhum está disposto a pagar essa bolada, e topa negociar os 30% por bem menos do que isso.

– Mas não por aquilo que o Figer ofereceu. Não aceitei, não assinei nada com ele. Quem tem a procuração para negociar o Lucas sou eu, e o Wagner é o nosso agente – disse Jorge Rodrigues, que afirmou que “nem fala com Lucas sobre esse tipo de coisa” para não atrapalhar o desempenho do filho em campo.

       

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