Vasco abre o placar, mas cede empate ao Avaí em São Januário

Vasco abre o placar, mas cede empate ao Avaí em São Januário

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:13

Para desespero da torcida vascaína, já virou rotina: quando o Vasco joga em casa, sai do gramado com um empate. Assim como nos últimos dois jogos em São Januário (contra Cruzeiro e Atlético-MG), o time cruzmaltino até jogou melhor, mas deixou a vitória escapar contra o Avaí, nesta quinta-feira. Ramon abriu o placar para a equipe da casa, mas Caio deixou tudo igual, quando os visitantes já tinham um a menos em campo (Emerson foi expulso na segunda etapa). Rafael Coelho perdeu um pênalti no primeiro tempo do confronto. O placar de 1 a 1 significa que o Gigante da Colina é o time que mais empata no Brasileiro (ao lado do Palmeiras, com 11 igualdades). Com o resultado, o Vasco chegou à marca de 14 jogos sem perder no Brasileiro. Mas esse fato não será comemorado em São Januário, já que o excesso de empates fez o time se afastar da zona de classificação para a Libertadores. O Gigante da Colina tem 29 pontos e está em 10º lugar. O Botafogo, quarto colocado, tem oito pontos a mais (embora a equipe cruzmaltina tenha feito menos um jogo).

Já o Avaí, apesar do resultado heroico, acumula oito jogos sem vencer e está cada vez mais perto da zona de rebaixamento. O Leão da Ilha é o 15º colocado, com 25 pontos. Apenas quatro separam a equipe catarinense do Z-4.

Na próxima rodada, tanto Vasco quanto Avaí jogam no domingo. A equipe cruzmaltina enfrenta o Inter, em Porto Alegre, às 16h (horário de Brasília). Por sua vez, o time catarinense recebe o Grêmio, na Ressacada, às 18h30m.

Ramon marca na volta ao time

O jogo começou com o Vasco partindo para cima e o Avaí apostando nos contra-ataques. Antônio Lopes decidiu povoar o meio de campo para dificultar as ações cruzmaltinas. O "Delegado" colocou cinco homens no setor, e Sávio ainda recuava para ajudar na marcação. Mesmo assim, a equipe da casa conseguia dominar as ações, mas esbarrava em sua própria ansiedade.

O Vasco errava várias vezes no último passe, irritando o técnico PC Gusmão, que gritava muito para orientar o time. Aliás, o técnico cruzmaltino e Antônio Lopes travaram um verdadeiro duelo nesse quesito. E o comandante avaiano deve ter ficado quase rouco ao ver o seu time desperdiçar uma chance clara, aos 18. Em contra-ataque, Patric levou a bola pela direita. O jogador tinha Sávio livre pela esquerda, mas passou fraco e deixou Dedé cortar. O zagueiro foi muito aplaudido pela torcida.

Mas quem mereceu mesmo aplausos foi Ramon. Voltando depois de longo tempo de inatividade, o jogador demonstrou muita desenvoltura em campo. E marcou um gol digno de centroavante. Aos 24, Eder Luis fez bonita jogada pela esquerda e cruzou na cabeça do lateral que, com categoria, mandou para o fundo do gol. Festa na Colina, e muita emoção de Ramon, que disse durante a semana que gostaria de voltar atuando bem.

E Ramon não parou por aí. Três minutos depois de fazer o gol, o lateral fez um lançamento sensacional para Fagner. Da defesa, o baixinho enxergou o seu colega na ponta-direita. O lateral-direito não fez por menos. Matou a bola e cruzou para a pequena área. Rafael Coelho pulou para cabecear, mas foi derrubado por Emerson. Pênalti para o Vasco. O próprio atacante, que estava apagado em campo, cobrou. E perdeu. Com um chute inacreditavelmente fraco, o jogador deu a chance para Renan defender.

O lance acordou o Avaí. O time catarinense passou a correr mais em campo e dominar as ações do meio-campo, se aproveitando das desatenções do setor defensivo do Vasco, que acabava fazendo muitas faltas perto da área para se recuperar. Em uma delas, Leandro Bonfim carimbou o travessão. O time catarinense ainda teve outras duas boas chances. Patric chegou a tirar tinta da trave, após cruzamento de Davi. Logo depois, Sávio foi travado por Ramon na hora de finalizar dentro da área.

Um princípio de confusão marcou a primeira etapa. Aos 32, Felipe Bastos cobrou uma falta com força, e o goleiro Renan deu rebote. Rafael Coelho correu para chegar rápido na bola, mas o arqueiro se recuperou. Ao ver que tinha perdido o lance, o atacante vascaíno deixou o pé, atingindo o jogador do Avaí. Tumulto na certa. Vários atletas do time visitante vieram em defesa do companheiro. Depois de muita discussão, Marcinho Guerreiro e Ramon foram advertidos com o amarelo.

Avaí tem jogador expulso, mas iguala o jogo

Por questões físicas, já que os dois jogadores voltam de lesão, PC Gusmão fez mexidas para o segundo tempo. Ramon deu lugar a Jumar, e Rafael Coelho saiu para entrar Jonathan. Com isso, o Vasco passou a apostar mais nas investidas pela direita, com Fagner, que estava bem em campo. Jumar ficava mais atrás para compor a defesa.

As mudanças deixaram o Vasco mais leve no ataque. Jonathan se movimentava muito e confundia a marcação adversária. E ainda contava com a ajuda de Fellipe Bastos, que passou a avançar mais. O volante, aos 12, recebeu passe açucarado de Eder Luis e mandou uma bomba. Renan fez bonita defesa. O goleiro ainda levou um susto dois minutos depois, quando Zé Roberto recebeu passe de Jonathan e chutou muito perto do gol.

Vendo que as mudanças do Vasco surtiram efeito, Antônio Lopes resolveu responder. O treinador do Avaí tirou Davi e o inoperante Sávio para as entradas de Caio e Laércio. E as mudanças surtiram efeito imediato. Assim que entrou, Laércio deixou Rafael Costa livre na área. O atacante encheu o pé, mas Fernando Prass fez uma defesa sensacional.

O time catarinense crescia no jogo e nem a expulsão infantil de Emerson - pôs a mão na bola na entrada da área e recebeu o segundo amarelo -  freou a reação. Rafael Costa fez boa jogada, aos 27, e chutou forte dentro da área. Fernando Prass fez mais uma bonita defesa.

Mas o goleiro não conseguiu parar o lance seguinte, que começou com um passe errado de Rafael Carioca na intermediária defensiva. Leandro Bonfim lançou Laércio, que bateu rasteiro. Prass deu rebote com o pé, e Caio completou para o gol vazio. A torcida ficou congelada. E até o placar eletrônico, que demorou alguns minutos para anotar o gol do Avaí, parecia não acreditar que, com um jogador a mais, o Vasco levava um gol e estaria prestes a empatar mais uma partida em casa.

E foi o que aconteceu. O Vasco ainda tentou pressionar, mas finalizou mal e esbarrou também na disposição dos homens de zaga do Avaí.  No apito final, vaias e gritos de "time sem vergonha" ecoaram em São Januário.

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