Vasco bate o Ceará e se garante na Sul-Americana

Vasco bate o Ceará e se garante na Sul-Americana

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:05

O último jogo do Brasileiro foi uma síntese do Vasco no ano. Sem suas principais estrelas, que por muito tempo ficaram longe dos gramados por conta de lesão, o time apostou na garotada e nas tramas entre Eder Luis e Fágner. Sem os medalhões, coube a Dedé, o ícone cruzmaltino do momento, abrir o caminho para a vitória por 2 a 0 (Bruno Paulo marcou o segundo). Com o resultado, o Gigante da Colina terminou o Brasileiro em 11º, com 49 pontos, e conquistou a vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem. Pouco para quem sonhava com a Libertadores.

Para o Ceará, o resultado da rodada não foi negativo, apesar da derrota. O time que, teoricamente, começou o Brasileiro pensando em não ser rebaixado, carimbou, sem sustos, sua vaga para a Sul-Americana do ano que vem. O Vozão terminou o torneio nacional com 47 pontos, em 12º.

Apesar do jogo valer uma vaga na Copa Sul-Americana, desde o início a impressão em São Januário era de um total fim de festa. Até um “Papai Noel” apareceu em campo para saudar os jogadores do Vasco. Porém, o “bom velhinho” ficou devendo um bom presente para o torcedor cruzmaltino. Afinal, o ano termina sem muito o que comemorar.

O Vasco de Dedé

O técnico PC Gusmão resolveu utilizar a última partida do Brasileiro para ver jogadores jovens em campo e também para dar ritmo a alguns mais experientes que retornam de contusão. Com isso, a escalação cruzmaltina foi uma verdadeira surpresa. Jumar, que retorna de lesão, e os jovens Caíque e Bruno Paulo ganharam uma chance. O resultado foi muita correria e disposição, mas a falta de entrosamento e de experiência não permitiam que isso se transforma-se em gols.

Na ausência de grande parte dos jogadores consagrados (Zé Roberto, Carlos Alberto e Felipe não atuaram), coube a Dedé o papel de principal destaque do time. A qualquer desarme do jogador, a torcida ia ao delírio e comemorava muito. Até chute para a arquibancada do zagueiro era motivo de festa. Magno Alves, do Ceará, sofria com a marcação do atleta.

Com toda essa idolatria, é fácil imaginar a festa na Colina quando, aos 31, o zagueiro subiu mais que toda a defesa cearense e fez 1 a 0 para o Vasco. “É o melhor zagueiro do Brasil”, gritavam os torcedores. Pouco habituado a balançar as redes adversárias, o zagueiro nem sabia como comemorar.

Antes do gol, porém, a torcida do Vasco tinha tomado um grande susto. A defesa cruzmaltina se atrapalhou e Marcelo Nicácio ficou sozinho na frente do gol. Mas o atacante não conseguiu desviar o chute de Fernando Prass, que fez grande defesa.

Pressão cruzmaltina

Na volta para o segundo tempo, as duas equipes deixaram bem claro as diferentes motivações para a partida. Praticamente classificado para a Sul-Americana, o Ceará não via muitos motivos para correr. Já o Vasco, além de ainda precisar carimbar o passaporte para a competição, queria terminar o ano bem. Por isso, tratou de partir para cima.

Logo aos 2, após bate e rebate na área, Bruno Paulo aproveitou o rebote e mandou para o fundo das redes, fazendo seu primeiro gol com a camisa cruzmaltina em um jogo oficial. Pouco depois, Eder Luis quase marca um golaço ao arriscar de longe. A bola passou tirando tinta do travessão. Fagner arriscou da entrada da área, mas chutou para fora. Assim como durante todo o Brasileiro, as jogadas entre Eder e Fagner eram a principal arma vascaína.

Com o resultado na mão, o Vasco diminuiu a pressão. Mas nem assim o Ceará se arriscou ao ataque. E Heleno ainda facilitou a vida cruzmaltina ao fazer falta dura em Allan e ser expulso. Com um a mais, o Gigante da Colina se lançou ao ataque. E quase fez o terceiro com Eder Luis, que recebeu na pequena área, mas bateu fraco.

Max também teve excelente chance, após boa jogada de Jonathan. Mas o lateral chutou de bico e permitiu a defesa de Michel Bastos. Nos últimos minutos, as duas equipes apenas trocaram passes no meio-campo, em total clima de fim de festa. Nas arquibancadas, a torcida mandou um recado:

"Não é mole não, ano que vem quero gritar é campeão".

Por: Thiago Fernandes

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