Venda de Conca dará lucro de 166% a patrocinadora do Flu em seis meses

Venda de Conca dará lucro de 166% a patrocinadora do Flu em seis meses

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:36

Conca já aceitou a proposta do clube chinês Guangzhou Evergrande, e agora Celso Barros, presidente da patricinadora do Fluminense, pressiona a diretoria tricolor a fechar a negociação. Não é por menos. Se confirmada, a transação renderá um lucro de 166% a Unimed em apenas seis meses. Literalmente, um negócio da China.

O então vice de futebol do Fluminense Alcides Antunes, Conca e Celso Barros, presidente da Unimed-Rio, no dia da renovação do contrato, em dezembro de 2010: seis meses depois, o novo compromisso mostrou-se bom para a patrocinadora e ruim para o clube (Foto: Divulgação)

  Quando o contrato de Conca com o Fluminense foi renovado no fim do ano passado, ainda na gestão Roberto Horcades, a patrocinadora do Tricolor passou a ser dona de 40% dos direitos econômicos do camisa 11, que pertenciam ao clube carioca inicialmente, compondo assim a atual divisão: 40% da Unimed, 40% do clube das Laranjeiras e os 20% restantes da Traffic. Durante os seis meses que separam o início do novo compromisso com a iminente venda do argentino para o futebol chinês, a empresa pagou mensalmente R$ 500 mil de salários (os outros R$ 200 mil são de responsabilidade do Flu).

Se a venda for confirmada, a Unimed terá direito a aproximadamente R$ 8 milhões da proposta total de quase R$ 20 milhões feita pelo Guangzhou Evergrande, da China. Um lucro de 166% em cima dos R$ 3 milhões investidos em salários (R$ 500 mil x 6) no período. Para efeitos comparativos, a bolsa de valores nacional caiu aproximadamente 10% no mesmo período. A taxa básica de juros do Brasil (valor que o país paga para os investidores que compram seus títulos), um investimento quase sem riscos, subiu 5,5%. Já a poupança rendeu apenas 3,6%.

Proposta considerada mais do que irrecusável

Seis meses depois, a renovação também veio a se mostrar prejudicial ao Fluminense. Insatisfeito com seu salário na ocasião, de R$ 280 mil (sendo R$ 200 mil pagos pela Unimed e o restante pelo Tricolor), Conca reclamou e pediu vencimentos no mesmo patamar de Deco e Fred: R$ 700 mil. O então vice-presidente de futebol Alcides Antunes concordou e levou a proposta a Celso Barros. O aumento foi aceito, mas com uma condição: para pagar grande parte do novo salário (R$ 500 mil), a Unimed exigiu 40% dos direitos econômicos do jogador. Dito e feito. Além de ver seu percentual cair pela metade, o clube das Laranjeiras ainda viu sua parte no salário do atleta saltar de R$ 80 mil mensais para R$ 200 mil.

A proposta do Guangzhou Evergrande, da China, para ter o futebol de Conca é foi considerada pelo jogador irrecusável. Se o valor oferecido pelos direitos econômicos do jogador não impressiona tanto (12 milhões de dólares), a quantia que o argentino embolsará de salários durante os dois anos e meio de contrato chama a atenção: 37,5 milhões de dólares, ou quase R$ 60 milhões. Números capazes de fazer o melhor jogador do último Campeonato Brasileiro pensar em deixar as Laranjeiras.          

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