Venda de Gabriel Silva faz Palmeiras faturar com base depois de 3 anos

Venda de Gabriel Silva faz Palmeiras faturar com base depois de 3 anos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:21

Gabriel Silva tem 58 jogos pelo Palmeiras: cria da

base vai render dividendos (Foto: Agência Estado) A venda quase certa de Gabriel Silva para o Udinese-ITA pode não resolver a difícil situação financeira do Palmeiras, mas ao menos mostra que jogadores revelados na base podem se tornar importante fonte de renda para o clube. No total, o negócio deve render entre € 3,8 milhões e € 4 milhões (algo em torno de R$ 9 milhões e R$ 9,5 milhões), segundo informações da imprensa italiana. Desse valor, cerca de R$ 5,5 milhões vão para os cofres do Verdão, que detém 60% dos direitos econômicos do lateral-esquerdo em parceria com o Rio Claro-SP – os outros 40% são da DIS, fundo de investimentos do Grupo Sonda. A última grande negociação de uma revelação do clube foi com Diego Cavalieri, em julho de 2008.

Na ocasião, o goleiro foi vendido ao Liverpool-ING por cerca de € 4 milhões (cerca de R$ 10 milhões). O Palmeiras ficou com R$ 6 milhões e pôde aliviar um pouco suas contas. Antes de Cavalieri, a maior negociação de uma cria da casa envolveu o atacante Vágner Love, que em 2004 se transferiu para o CSKA-RUS por US$ 9 milhões (aproximadamente R$ 15,5 milhões). Outras revelações do clube na década, como o zagueiro David Braz (hoje no Flamengo) e o meia Marquinho (do Fluminense), deixaram o Verdão de forma nebulosa, sem render aos cofres alviverdes. A dificuldade em negociar valores da base passa pela política adotada desde o início da gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo, que comandou o Palmeiras no biênio 2009/10. Em sua gestão, já com uma parceria consolidada com a Traffic, o clube deu pouco espaço aos jovens e preferiu investir em medalhões. Em 2009, o presidente repatriou o próprio Vagner Love para tentar levar o time ao título brasileiro. Nomes como Diego Souza e Cleiton Xavier também se destacaram no período.

O problema é que o Verdão praticamente não faturou com as vendas desde a saída de Cavalieri, que hoje defende o Fluminense. Em 2010, as negociações de Cleiton Xavier (Metalist-UCR) e Pablo Armero (Udinese-ITA) renderam, juntas, cerca de R$ 2,5 milhões – o Palmeiras tinha direito a apenas 20% dos direitos econômicos de cada um deles.

O meia Diego Souza, que pertence à Traffic, não rendeu um centavo sequer quando deixou o clube de forma conturbada. Neste ano, já com Arnaldo Tirone na presidência, o clube seguiu sem fazer grandes negócios – a venda de Gabriel Silva será a primeira da atual diretoria.

No Campeonato Brasileiro, dos jogadores formados na base, apenas Gabriel Silva e o goleiro Deola vêm atuando regularmente na equipe profissional do Palmeiras. O técnico Luiz Felipe Scolari já questionou em algumas oportunidades a qualidade das categorias de base do clube. Hoje, além de Gabriel e Deola, treinam com o grupo o lateral-direito Bruno, o meia Patrick Vieira, o atacante Vinícius e os goleiros Fábio e Raphael Alemão. O lateral-direito Luiz Felipe, tido como promessa e potencial reserva de Cicinho, foi emprestado ao Bragantino – Paulo Henrique, do Paraná Clube, foi contratado para a função e quase não jogou.

– Claro que revelar é sempre mais interessante, estamos trabalhando nesse sentido. O Felipão já subiu alguns jogadores, e aos poucos eles terão oportunidades. O Gabriel também passou por esse período de adaptação e hoje está bem – afirmou o vice-presidente Roberto Frizzo.

Nas categorias menores, o Palmeiras só vai bem no Sub-17. O time está na final do Campeonato Paulista da categoria e enfrenta o Santos. No Sub-20, o Verdão foi eliminado nas oitavas-de-final.        

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