Vitória e Goiás empatam; Leão agride imprensa

Vitória e Goiás empatam; Leão agride imprensa

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:19

Tinha tudo para terminar bem o duelo entre Vitória e Goiás, nesta quarta-feira, no Barradão.  Bom jogo e emocionante, com empate de 2 a 2, não merecia um final com pancadaria e agressões do técnico Leão, do atacante Rafael Moura e da comissão técnica do Goiás a jornalistas que estavam no gramado. Tudo isso depois de uma reclamação do técnico do Goiás à arbitragem de Péricles Bassols, que inclusive anulou um gol no fim da partida marcado não pelo Esmeraldino, mas pelo Vitória - Ramon estava em condições, mas Soares, impedido, saiu da frente no chute do camisa 10 e atrapalhou a visão do goleiro Calaça.

Leão, no entanto, achou que a arbitragem foi tendenciosa para o time da casa. Logo depois de tentar dirigir-se ao juiz, o técnico discutiu com o radialista Roque Santos, que foi entrevistá-lo. Depois, houve uma troca de empurrões, e o jornalista o acusou de agressão. O tumulto se espalhou pelo campo. Integrantes da comissão técnica do Goiás participaram da pancadaria. O atacante Rafael Moura levou a nocaute o mesmo radialista. Alguns jornalistas e jogadores do Goiás procuravam acalmar os ânimos. A polícia só apareceu no fim. Roque Santos foi dar queixa na delegacia da agressão. Segundo o site do Ibahia, Leão e Rafael Moura receberam voz de prisão e foram conduzidos à DP. Segundo a Rádio Sociedade, Romerito também está detido

Quem foi ao Barradão não merecia o espetáculo lamentável no fim. A partida foi boa e movimentada. O Vitória começou melhor, mas o Goiás fez 2 a 0. Depois, o time baiano reagiu e chegou ao empate. Agora, o Rubro-Negro, que vai a 13 pontos, volta a campo no Brasileirão no sábado para encarar, fora de casa, o Grêmio Prudente. O Goiás, que pula para 11, receberá no Serra Dourada, no domingo, o Atlético-PR.

Vitória no ataque

Com Júnior de volta ao ataque, empolgado pelo triunfo por 3 a 2 sobre o São Paulo, na nona rodada, e perto de decidir a Copa do Brasil contra o Santos, na quarta-feira, o Vitória começou a partida em velocidade máxima. A ideia era logo imprensar o adversário para chegar ao gol. O Goiás aguentou firme o sufoco, esperou as falhas de marcação na defesa adversária, principalmente no lado que o Leão mais atacou, para fazer 2 a 0 e mudar a partida. Mas o time baiano não esmoreceu e diminuiu o placar no fim de um primeiro tempo de bom nível técnico e muita emoção.

 A tática do Vitória de atacar logo parecia que ia da certo. O caminho escolhido foi o lado esquerdo. Nos cinco primeiros minutos, duas boas chances foram criadas. Na primeira, aos 3, o lateral  Egídio foi à linha de fundo e centrou para Júnior, que se esticou para escorar a bola, mas o tiro saiu para fora. Dois minutos depois, Elkeson se deslocou para receber de Ramon e centrou para Júnior, que chegou a matar a bola para bater, mas foi interceptado na hora H por Saci. O lateral tocou para escanteio.

O Goiás se defendia como podia e explorava os contra-ataques. Aos seis minutos, Carlos Alberto arrancou pela direita e centrou para Rafael Moura, que estava livre mas não acertou a cabeçada. A jogada era essa, mas não dava certo, em parte porque Bernardo, camisa 10 de volta ao Esmeraldino, até aquele momento estava bem marcado. Além disso, o meio-campo rubro-negro tocava com velocidade a bola para o ataque, que se mexia bem. Foi assim que Elkeson quase abriu o marcador, aos 20 minutos, quando recebeu pela esquerda, ganhou na velocidade de Amaral e bateu cruzado, para fora. Júnior, livre na área, reclamou que o companheiro não o serviu.

Esmeraldino faz dois

O Vitória mandava na partida, mas o Esmeraldino não estava morto. Tocava a bola para os lados esperando uma brecha na defesa adversária para atacar. E bastou uma bobeira para a partida mudar radicalmente. Aos 20 minutos, Bernardo recebeu livre, na entrada da meia-lua, driblou para o lado esquerdo e bateu de canhota, com violência. Viafara fez linda defesa, espalmando para escanteio.

Dali em diante, o Goiás cresceu  em campo e acertou a jogada de contra-ataque. Justamente pelo lado em que o Vitória atacava mais, o esquerdo. Egídio se mandava para fazer a triangulação com Ramon e Elkeson, mas a cobertura do Leão ao lateral falhava. Foi asssim que, lançado pela direita, Rafael Moura arrancou na frente de Neto, que caiu, e Anderson Martins. No quique da bola, o atacante soltou uma bomba à esquerda de Viafara - que ainda tocou na bola -, aos 30 minutos, abrindo o placar.

Três minutos depois, pelo mesmo lado direito esmeraldino, de novo Rafael Moura, bem na partida, centrou consciente para Everton Santos. O camisa 7 ganhou no alto da zaga rubro-negra e cabeceou firme para as redes, fazendo 2 a 0.

Rubro-Negro diminui

A torcida do Vitória parecia não acreditar. Os jogadores também. O jogo ficou mais aberto ainda. Júnior, aos 37, mandou um balaço de fora da área. Calaça espalmou com a ponta dos dedos antes de a bola explodir no travessão. O troco não demorou. De novo pela direita, Everton Santos foi à linha de fundo e centrou rasteiro. Viafara saiu bem e salvou o que poderia ser o terceiro gol do Esmeraldino. Rafael Moura, livre na área, esperava a sobra que não ocorreu.

O esforço do time baiano acabou recompensado aos 44 minutos. Elkeson, melhor do time, levantou da meia-lua para a área. Ricardo Conceição, de cabeça, diminuiu o placar, à esquerda de Calaça, e recolocou o Vitória na briga.

Na segunda etapa, o início parecia um replay da primeira. O Vitória pressionando, com mais posse de bola, mas nem criando tantas oportunidades. O Goiás, perigoso nos contra-ataques.

Aos cinco minutos, Fernando bateu uma falta com violência. Calaça voou em mais uma bela defesa, tocando para escanteio. Pouco depois, usando também o lado direito, Nino se livrou de Wellington Saci e soltou um míssil cruzado, à direita do goleiro esmeraldino.

Mexidas, empate e briga

No ataque mas sem conseguir o empate, o técnico Ricardo Silva resolveu radicalizar aos 15 minutos. Pôs, de uma vez só, Soares e Schwenck nos lugares de Fernando e Elkeson, que vinha bem na partida e saiu visivelmente contrariado. A torcida do Vitória vaiou a substituição.

Pelo Goiás, Leão também mexeu ao trocar Bernardo pelo experiente Romerito. A ideia era cadenciar o jogo. O Vitória queria mais velocidade, e com Nino crescendo pela direita, impedia os buracos pelo lado de Egídio e dava mais opção de ataque.

Aos 25, no entanto, o lateral-direito se machucou e saiu para a entrada de Jonas - com suspeita de ruptura no músculo, pode ser desfalque contra o Santos. A equipe baiana perdeu uma boa opção de jogada, mas com três atacantes ia com mais perigo ao gol.

O sufoco aumentou a partir dos 28, quando Schwenck centrou rasteiro da esquerda, mas Soares e Jonas chegaram atrasados no lance. Seis minutos depois, o atacante-garçom girou na entrada da área e bateu à direita de Calaça.

Leão trocou Wellington Saci por Marcão. Aos 41, Ramon, que cresceu no segundo tempo, marcou um belo gol bem anulado pelo árbitro Péricles Bassols - Soares, que estava impedido no lance e saiu da frente, atrapalhou a visão do goleiro Calaça. Três minutos depois, o empate saiu com justiça: Soares mandou um petardo de fora da área, à direita de Calaça. Placar merecido para uma boa partida de futebol, que acabou em pancadaria lamentável.        

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