Vulcão chileno obriga árbitros a viajar por terra na Copa América

Vulcão chileno obriga árbitros a viajar por terra na Copa América

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:35

Sálvio Spinola é o juiz brasileiro na Copa América

(Foto: João Garschagen / Globoesporte.com)

  As cinzas do vulcão chileno Puyehue que andou provocando o cancelamento de vários voos na Argentina foram a principal causa de uma situação nada confortável para os 24 árbitros da Copa América. Para evitar problemas durante o torneio, a comissão de arbitragem da Conmebol determinou que todos os deslocamentos dos quadros de arbitragem fossem sendo feitos por via terrestre.

O brasileiro Sálvio Spínola Fagundes Filho, que será o quarto árbitro da partida entre Uruguai e Peru, nesta segunda-feira, pelo jogo de abertura o Grupo C, precisou viajar de van com outros colegas durante 11h.

– Saímos de Córdoba às 8h e chegamos aqui em San Juan quase às 19h. Com esse problema dos aeroportos o comitê organizador achou melhor nos agruparmos no centro do país para usar um tipo de deslocamento mais seguro, sem correr riscos. Vamos ter que nos adaptar a isso porque será assim daqui pra frente – disse Sálvio ao GLOBOESPORTE.COM.

Em Córdoba, todo quadro de arbitragem está reunido e, de lá, partem as conduções até as cidades-sede. As longas viagens e o desconforto fazem com que os juízes tenham que dobrar a atenção na preparação para as partidas, ainda mais com o frio que assola a Argentina neste inverno.

– Temos que nos agasalhar bem, aquecer bem, fazer o alongamento correto porque a nossa preocupação é com lesões. Se não estivermos muito bem preparados, com essa temperatura baixa o árbitro também pode sofrer uma lesão e ficar fora da competição – alertou o árbitro da Federação Paulista de Futebol.

Quarteto que apitará a estreia do Uruguai nesta segunda-feira (Foto: João Garschagen / Globoesporte.com)

  Sálvio Spínola garante que antes de ser árbitro é um brasileiro e por isso quer ver o time de Mano Menezes campeão da Copa América, mesmo que para isso perca as chances de apitar a decisão do torneio.

Mas mesmo com a competição ainda em seu início, ele já aproveita os momentos de lazer para tirar sarro com os colegas.

– A gente tem que se descontrair, afinal estamos juntos, muitos dias longe da família, do país. Então temos que conviver e harmonia. E no que diz respeito a títulos mundiais, temos que brincar sim, mostrar o agasalho, mostrar que temos muito mais estrelas que todos eles juntos – brincou o árbitro enquanto mostrava o escudo da CBF e as cinco estrelas do Penta.            

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