A polêmica que envolve o contrato do Flamengo com o CFZ tem deixado Zico irritado. O diretor executivo do futebol rubro-negro promete estudar uma hipótese de pedir punição a Leonardo Ribeiro, presidente do Conselho Fiscal do Clube. Capitão Léo, como é conhecido o dirigente, foi quem levantou suspeitas sobre o acordo do Flamengo com o CFZ.
Na última terça-feira, em nota oficial, a presidente Patrícia Amorim anunciou que a parceria entre Flamengo e CFZ havia sido desfeita em julho, quando Zico passou a ser dirigente do clube. Na Gávea, causou estranheza o fato de a rescisão só ter sido anunciada três meses após a ruptura.
Capitão Léo questiona o acordo do CFZ com a MFD, algo que não seria permitido por uma das cláusulas do contrato. O presidente do Conselho Fiscal também argumenta que o Flamengo dispensou vários jogadores da base para a entrada de jogadores do CFZ.
- Não sei por que vieram logo em cima de mim. Essa é a explicação que eu quero. Não precisavam vir a público com isso se você tem os contratos lá. Meu caso é total transparência. Soltaram um e-mail numa lista de conselheiros dizendo que o Flamengo teve prejuízo de R$ 50 milhões com o acordo. Brincadeira, hein! Não tenho nada a esconder, nada a temer, e acho lamentável que pessoas do Conselho Fiscal tenham vazado essas coisas. Vou ver que medidas tomar para saber se eles podem fazer isso disse Zico.
Sobre seis jogadores da base do Flamengo que têm contrato com o CFZ, que agora é gerido pela MFD, Zico defende-se argumentando que todas as transferências tiveram aval de Toninho Barroso, coordenador das categorias de base do clube.
- Lógico que vou esclarecer isso tudo. Por exemplo: o CFZ não tem direito sobre nenhum jogador do Flamengo que jogou lá. Quem foi emprestado foram jogadores largados, que treinavam separados. E o CFZ quase caiu. Disputamos o rebaixamento com esses jogadores. No momento em que se salvou, não tinha quase nenhum jogando. Recuperamos até o Antônio, mas o CFZ não tem direito a nada. E desde que entrei no Flamengo, a MFD não tem nenhum jogador no clube. A não ser os que eles já tinham: Juan, Erick Flores e Egídio. O que têm hoje são os jogadores da base: três do juvenil, três no infantil. Nesses, o CFZ tem 50% em cada um. E também pegou oito do mirim e pré-mirim que o CFZ não tem direito a nada, porque acabou com as categorias. Esses jogadores foram aprovados pelo Toninho Barroso e pelos técnicos das categorias.
Para o dirigente, a base do clube não vinha sendo bem administrada até a sua chegada.
- Na base tem um jogador 100% do Sendas e ninguém se preocupou com isso. O Flamengo para comprar tem que pagar 60% do valor dele. Teve um garoto do Nova Iguaçu que ficou lá dois anos e o Flamengo teria que pagar U$ 400 mil para mantê-lo. Tinham três dos Artsul na mesma situação e ninguém se preocupou com isso. Esses clubes não deram nada ao Flamengo. Não vi ninguém cobrar essa questão do contrato do Fabrício, que saiu de graça, Mesma coisa o Thiago Sales que foi emprestado sem custo e tinha um contrato quase terminando.
Zico contesta também a tese de que a parceria não tinha benefício algum para o Flamengo.
- Não sei de onde se tira que o Flamengo tem prejuízo. E outra coisa: o Flamengo usou a instalações do CFZ por mais de 20 jogos das categorias de juniores, juvenil e infantil. O contrato, o Flamengo pagava R$ 20 mil e a partir de julho passaria a pagar R$ 8 mil. Isso incluída toda manutenção de campo, água. Só de água se gasta um absurdo.
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