Bruno Winckler
Representado por milhares de torcedores, de todas as partes, Corinthians é bicampeão do mundo depois de vencer o Chelsea por 1 a 0
Guarulhos, Espírito Santo, Bela Vista, Vila Moraes, Interlagos, Cohab 5, Capão Redondo, Curitiba, Pirituba, Itaquá, Tatuapé, Praia Grande, Americana, Pindamonhangaba, Tucuruvi, Jundiaí, Itaquera, Mooca, Mogi Guaçu, Canadá, Cubatão, Indaiatuba, Suzano, Serra Negra, Sorocaba, Francisco Morato, Cangaíba, Austrália. Essas foram algumas das faixas de corintianos espalhadas em todo o anel superior e parte do inferior do Yokohama Stadium neste domingo 16 de dezembro. Nesses lugares e em todo mundo só há uma certeza: o Corinthians é o campeão mundial de 2012.
Não havia faixas do Peru. Mas camisas de um tal centroavante com a tradicional faixa transversal em vermelho havia, sim. Camisas de Guerrero, o autor dos dois gols que deram ao Corinthians o seu segundo título mundial. O segundo na vitória por 1 a 0 sobre o Chelsea, no estádio que já havia visto a seleção brasileira, o São Paulo e o Internacional triunfarem.
Herói do título, Guerrero comemora gol e bi mundial: "Time jogou para c......"
Paolo Guerrero sai para festejar seu gol diante do Chelsea
Foto: Getty Images
De outro ângulo, Guerrero sobe para marcar o gol do título do Corinthians
Foto: Reuters
Guerrero sobe de cabeça para fazer o gol do Corinthians, observado por Ramires
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Jogadores do Corinthians posam antes da final do Mundial de Clubes, quando venceu o Chelsea por 1 a 0
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Torcida do Corinthians na quadra da Gaviões da Fiel vai à loucura após o gol de Guerrero, diante do Chelsea
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O peruano Guerrero tenta arremate, bloqueado por zagueiro do Chelsea, durante a final em Yokohama
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O goleiro Cássio salva em cima da linha, observado por Chicão, Moses e Cahill
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David Luiz discute com o técnico Tite após uma jogada mais dura do zagueiro do Chelsea
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Torcedores do Corinthians lotam a quadra da torcida organizada Gaviões da Fiel, acompanhando a final do Mundial de Clubes
Foto: AP
Chicão consegue cortar a bola e evita chute de Hazard
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O espanhol Fernando Torres encara a marcação de Jorge Henrique e Paulinho
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O lateral corintiano Alessandro rebate a bola e evita ataque de Fernando Torres
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Jogadores de Corinthians e Chelsea ficam perfilados antes de entrar em campo em Yokohama
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Torcedor corintiano apóia o time durante a final contra o Chelsea, em Yokohama
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Bandeira do Corinthians sendo vendida na porta do estádio. Ela custa 1.000 ienes, cerca de R$ 24
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Escadaria do estádio de Yokohama tomada de corintianos antes da partida contra o Chelsea
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Corintianos tomaram conta da "Fan Fest", espaço reservado pela Fifa aos torcedores
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Japonês fã do Chelsea. Ele tem Gianfranco Zola como ídolo. O ex-jogador italiano é um ícone para os torcedores do time inglês do tempo das "vacas magras" pré-Abramovich
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Faixa para Ronaldo levada pelos torcedores do Corinthians para o Japão
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O peruano e o goleiro Cássio, com pelo menos cinco defesas importantes, mereceriam bicho dobrado após a noite que viu o Corinthians se igualar ao Barcelona como único bicampeão mundial em torneios organizados pela Fifa.
Numa invasão que tomou conta de Yokohama e de todo o Japão, corintianos de todas partes da capital paulista e de todo o mundo, fizeram o mundo conhecer o que é Corinthians. E com um título que já entra para história, não só pelo resultado, mas pelo que se viu fora dos estádios e nas cidades japoneses por onde passaram os loucos do bando.
Jornalistas ingleses, australianos, alemães, japoneses, espanhóis, franceses, indonésios... não há um gringo presente neste Mundial que não tenha se impressionado com o esforço de milhares de corintianos de estarem ali. No público de 68.275 divulgados pela Fifa ao menos 2/3 era de torcedores alvinegros, que fizeram do Yokohama Stadium um Pacaembu.
O jogoAos 9 minutos, a bola com chip talvez tenha tido sua primeira dura tarefa desde que foi adotada pela Fifa neste Mundial. Após cobrança de escanteio, Chicão não conseguiu cortar de dentro da pequena área, a bola sobrou para Cahill, que a queima roupa perdeu grande chance. Cássio salvou em cima da linha, claramente fora do gol, para alívio dos corintianos.
O Chelsea era melhor. Tinha mais de 65% da posse de bola até os 20 minutos do primeiro tempo, mas o Corinthians, bem postado, começava a arriscar depois de ser pressionado pelo time inglês nos primeiros minutos. Com Emerson, em roubada de bola depois de erro de Ramires, o Corinthians entrou com perigo na área rival pela segunda vez (Paulinho havia furado alguns minutos antes). De fora da área, Jorge Henrique e Paulinho também arriscaram mas sem obrigar Cech a fazer nenhuma defesa.
O Corinthians equilibrou o jogo e foi melhor na metade final do primeiro tempo. Aos 34, Chicão lançou na área, Guerero disputou com David Luiz, ganhou, cortou para a perna direita, mas chutou mal. A bola saía pelo lado direito do gol de Cech, mas Emerson a alcançou e conseguiu acertar o pé da trave direita do goleiro checo.
O assanhamento do Corinthians fez o Chelsea acordar e por pouco abrir o placar. Cássio evitou o pior. Primeiro aos 37, após chute de Torres e depois ao 39, em chute colocado de Moses, em que o goleiro se esticou todo para afastar para escanteio. O arqueiro foi peça fundamental do Corinthians para que o primeiro tempo terminasse sem gols.
No segundo tempo, sem mudanças em nenhum dos times, o Corinthians foi melhor. Controlou os nervos e contou com ótima partida de Danilo e o faro de Guerrero para sacramentar o placar final da vitória. O gol saiu após jogada iniciada pelo camisa 20 e que acabou na cabeça de Guerrero, como na semifinal contra o Al Ahly. O mundo é preto e branco pela segunda vez.
FICHA TÉCNICA - CORINTHIANS 1 X 0 CHELSEA
Local: Estádio Internacional de Yokohama, em Yokohama (JAP)Data: 16 de dezembro de 2012 (domingo)
Horário: 8h30 (de Brasília)
Árbitro: Cüneyt Çakir (TUR)
Assistentes: Bahattin Duran (TUR) e Tarik Ongun (TUR)
Cartões amarelos: Jorge Henrique (Corinthians); Cahill e David Luiz (Chelsea)
Cartão vermelho: Cahill (Chelsea)
Gol: CORINTHIANS: Guerrero, aos 23 minutos do segundo tempo
Público: 68.275 pagantes
CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Jorge Henrique, Danilo e Emerson (Wallace); Guerrero (Martínez)
Técnico: Tite
CHELSEA: Cech; Ivanovic (Azpilicueta), Cahill, David Luiz e Ashley Cole; Ramires e Lampard; Moses (Oscar), Juan Mata e Hazard (Marin); Fernando Torres
Técnico: Rafael Benítez
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