A esperança dos mais de 40 mil cruzeirenses que foram ao Mineirão nesta quarta-feira durou apenas nove minutos. Aos sofrer um gol logo no início, o Cruzeiro viu a missão de reverter a derrota por 1 a 0 para o San Lorenzo na partida de ida ficar mais difícil. A expectativa até se reacendeu no segundo tempo, mas foi apenas uma fagulha. O empate por 1 a 1 eliminou o último time brasileiro da Libertadores, e o Brasil ficará fora das semifinais da competição após 23 anos. O Cruzeiro viu o sonho do terceiro título ficar para o futuro, enquanto o abençoado San Lorenzo segue fazendo o Papa Francisco e os demais rubro-grenás sonhando com o primeiro título da competição.
O gol no começo, marcado por Piatti, mudou tudo. O Cruzeiro passou todo o primeiro tempo perdido e só foi se encontrar na etapa final. Lutou, tentou, mas parou na garra, na dedicação e na qualidade dos argentinos, que souberam se defender e, quando não conseguiram, contaram com o goleiro Torrico inspirado. Bruno Rodrigo empatou o jogo na etapa final, mas foi só.
O Ciclón espera agora o vencedor de Lanús, da Argentina, e Bolivar, da Bolívia, para conhecer seu adversário na próxima fase. O primeiro jogo entre as duas equipes, na Argentina, terminou empatado por 1 a 1. Os dois se enfrentam nesta quinta-feira, às 19h30 (de Brasília). As semifinais ocorrem após a Copa, nas duas últimas semanas de julho. O Cruzeiro tenta seguir a vida com o Brasileirão. No sábado, recebe o Coritiba, no Mineirão, às 18h30.
Ducha de água fria
O Cruzeiro prometia pressão desde o primeiro minuto. Não aconteceu. A Raposa sofria com a forte marcação do San Lorenzo e, antes mesmo de levar perigo, viu o maior temor acontecer. Willian tentou cavar uma falta e perdeu a bola. Os argentinos chegaram pela direita, Dedé deu o bote errado no cruzamento, e Piatti, dentro da área, bateu forte de canhota para abrir o placar, aos nove minutos. Logo no primeiro chute a gol.
O Mineirão silenciou. Mas, no primeiro momento, pareceu não ter abalado muito o Cruzeiro. Marcelo Moreno quase deu o troco, logo depois, ao cabecear livre para fora. Mas só pareceu. Nos 30 minutos seguintes, a Raposa foi um time perdido em campo. Não conseguia sequer chegar perto do gol adversário e ainda dava espaços na defesa. Só não levou o segundo porque Fábio fez um milagre com os pés. Demorou 25 minutos para os primeiros gritos de ‘raça’. A torcida já pedia por Dagoberto. Um Mineirão em silêncio viu Marcelo Moreno, no último lance da primeira eta, salvar um passe longo e finalizar fraco. A bola passou pelo goleiro e, caprichosamente, bateu nas duas traves, sem entrar. Foi inacreditável.
O Cruzeiro voltou melhor para o segundo tempo. Marcelo Oliveira tirou um volante e colocou Dagoberto, recuando Ribeiro para fazer a saída de bola. Em impedimento, Willian marcou logo aos sete. Bem anulado. Depois, Torrico salvou duas vezes. Primeiro, em chute de Marcelo Moreno, depois, após cabeceio de Dedé. Aos 25 minutos, Bruno Rodrigo empatou, de cabeça, após cruzamento de Dagoberto.
O Cruzeiro voltava para o jogo. O Mineirão inflamou e quase comemorou de novo na sequência. Marcelo Moreno esteve muito perto de marcar por duas vezes. Em ambas, o goleiro argentino foi bem. Aos 31, Romagnoli se irritou com Moreno, agrediu o cruzeirense e foi expulso, o que contribuiu para aumentar a pressão celeste. Mas o San Lorenzo mostrou consistência. Todo atrás, lutou muito e segurou o placar. O fim de jogo teve festa argentina e palmas discretas para os brasileiros.
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