Em Clássico equilibrado, Botafogo e Fluminense ficam no 1 a 1

Clássico Carioca entre Botafogo e Fluminense ficam no 1 a 1

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:11

O começo foi animador. Teve bola na trave, boa defesa de goleiro... Depois, o Clássico Vovô na tarde deste domingo, no Engenhão, foi marcado pelo equilíbrio sem muitas jogadas brilhantes. E se tanto Botafogo e Fluminense, com boas campanhas no Brasileirão, precisavam de uma vitória para não ficarem distantes do líder Atlético-MG, o empate por 1 a 1, com um público que merecia ser maior - 17.122 torcedores encararam o raro frio carioca -, acabou sendo justo.


Os dois gols, no segundo tempo, foram de cabeça. Fred abriu o placar para o Flu, e Andrezinho, sob os aplausos de Seedorf e Rafael Marques, empatou para o Botafogo. O resultado não foi maravilhoso, mas mantém os times em boa posição na tabela. O Flu, ainda invicto, é vice-líder, com 19 pontos. O Botafogo, que obteve seu primeiro empate na competição, soma 16 e agora seca o São Paulo no jogo contra o Palmeiras para não ser ultrapassado no G-4.

Na décima rodada, na próxima quarta-feira, os alvinegros vão à Vila Belmiro encarar o Santos. Os tricolores recebem na quinta-feira o Bahia, no Engenhão.
- Tentamos a vitória a todo custo. A nossa postura foi boa no jogo, mas infelizmente não deu certo. A bola tem entrado contra o Botafogo. É sempre bom marcar - disse Fred, que estufou as redes pela nona vez contra o rival.
- Foi um clássico equilibrado. O empate foi de bom tamanho pelo que as duas equipes fizeram em campo - afirmou Andrezinho.

Início com emoção

Os poucos torcedores que foram ao Engenhão não puderam se queixar de falta de emoção no começo. Em cinco minutos, os dois times tiveram boas chances de abrir o placar e deixaram o grito de gol engasgado. Primeiro foi o Fluminense. Com Samuel no ataque ao lado de Fred - o técnico Abel Braga preferiu guardar Wellington Nem como opção para o segundo tempo -, a equipe tricolor tomou a iniciativa do jogo e conseguiu falta pelo lado esquerdo. Wagner alçou bem na área e Fred deu linda cabeçada no travessão, aproveitando-se de falha coletiva da defesa alvinegra.


O troco do Botafogo foi logo no contra-ataque. Numa bobeada de Anderson, que errou o tempo da bola, Andrezinho arrancou e bateu no canto direito. Ricardo Berna, que substituía Diego Cavallieri, fez boa defesa, tocando para escanteio. Seedorf e Rafael Marques, recém-contratados que foram ao estádio se juntar à torcida, por pouco não vibraram logo cedo.
Os dois lances deram a impressão - que mais tarde se tornou falsa - de que a partida seria de grandes lances. Os dois times sabem tocar. Não faltam jogadores habilidosos. Mas neste domingo os setores de criação estavam pouco inspirados. Sem Deco, a equipe tricolor, mais ofensiva do que no Fla-Flu, esperava dos pés de Thiago Neves e Wagner aquele último toque capaz de deixar o ataque em boas condições. Do lado alvinegro, Vítor Junior - que abria pela direita -, Cidinho e Andrezinho também não funcionavam. Renato atuava mais na marcação e pouco arriscava no apoio.

O Flu tinha mais posse de bola. E quem perdeu outra boa chance foi Anderson. Novamente foi traído pelo quique da bola no prejudicado gramado do Engenhão. Dessa vez no ataque, após centro da direita. O zagueiro não conseguiu escorar, livre, na pequena área. E o time, que buscava o ataque, tinha apenas no lado esquerdo, em Carlinhos, a costumeira velocidade, que do lado alvinegro encontrava em Andrezinho o ponto alto. Aliás, foi dele, mais uma vez, o tiro que levou perigo à meta tricolor. O camisa 17 arrancou até aplausos de Seedorf.


Foram de Andrezinho as melhores chances alvinegras. Elkeson seguia muito isolado no ataque. Vítor Junior, antes na armação de jogadas pela direita, até trocou para o lado esquerdo. O jogador buscou as tabelas com Márcio Azevedo, sem sucesso. Pela direita, Lucas ficou em maus lençóis com Carlinhos, bem mais livre para apoiar. Do outro lado do Flu, Bruno arriscava pouco e Thiago Neves, muito fixo, facilitava a marcação. A superioridade tricolor na posse de bola nem se traduziu tanto assim em lances perigosos, e o 0 a 0 no primeiro tempo acabou fazendo justiça ao primeiro tempo com duas boas chances para cada lado.

- O time toca muito para o lado, arrisca pouco na frente. E o gramado do Engenhão está ruim, todo mundo sabe - resumiu bem o atacante Fred.


Gols no segundo tempo

Para a segunda etapa, Oswaldo de Oliveira mexeu no Botafogo. Trocou o apagadíssimo Cidinho por Fellype Gabriel. O time até melhorou a movimentação. Mas os seguidos passes errados prejudicavam. Elkeson, muito isolado e longe de ter o perfil de homem de área, sucumbia à marcação tricolor. E se o Fluminense não contava com um maestro inspirado na armação, mostrava que o ponto forte era a bola aérea. Em escanteio pelo lado esquerdo, Thiago Neves acertou o cruzamento na cabeça de Fred, que mandou certeiro, sem defesa: 1 a 0 Fluminense, aos 8 minutos, com direito a coreografia na comemoração - foi o 9º gol do artilheiro em confrontos contra o Botafogo.


O gol não abateu o Botafogo. E se do lado esquerdo tricolor Carlinhos diminuiu um pouco suas investidas, no lado alvinegro foi a vez de Márcio Azevedo virar uma boa opção de ataque. Foi em boa jogada individual do lateral que o Botafogo chegou ao empate. Ele tabelou com Elkeson, foi à linha de fundo e mandou, com efeito, na medida, para Andrezinho escorar de cabeça, aos 21 minutos.
Malandramente, mas com um pouco de atraso, Abel Braga tirou o sumido Samuel para pôr Wellington Nem. A ideia era prender Márcio Azevedo na marcação. O atacante tricolor, logo na primeira jogada, deu uma caneta no camisa 6 alvinegro e a senha de que ia incomodar. Mas o Botafogo continuou pressionando. Mais presente na partida, Elkeson serviu Fellype Gabriel no meio da área. Mas Ricardo Berna fez grande defesa com o pé, salvando o que seria o segundo gol alvinegro.


Oswaldo de Oliveira voltou a mexer. Sacou Lucas Zen para pôr Jadson. O Fluminense teve outra chance com Fred, de cabeça, mas a bola foi para fora. Os dois times, mais abertos, buscavam a vitória. No fim, Lennon substituiu Márcio Azevedo, cansado, e do lado tricolor Wagner deu vez a Rafael Moura. Mas nada mudou. O resultado, no entanto, foi justo, justíssimo.

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