Goleiro Victor reclama de "covardia" de diretoria do Grêmio em saída

Fonte: TechtudoAtualizado: terça-feira, 14 de outubro de 2014 às 12:35
VIctor deixou Grêmio em 2012
VIctor deixou Grêmio em 2012

Em entrevista ao programa Bem Amigos, da SporTV, o goleiro Victor disse que, apesar de ser grato por tudo de bom que vive atualmente no Atlético-MG, guarda uma mágoa com a diretoria gremista na época da negociação que o fez trocar Porto Alegre por Belo Horizonte. Na opinião do goleiro, os dirigentes mostraram "certa covardia" ao jogar a torcida contra ele, divulgando que o jogador estava saindo por não querer mais defender o clube.

"Na verdade foi um acordo entre os dirigentes. O Atlético fez uma proposta, a diretoria do Grêmio achou interessante e resolveram fazer a negociação. E a partir do momento que os valores foram bons para o Grêmio, para mim também passou a ser bom. Afinal, eu teria dois anos a mais de contrato, um aumento de salário. Claro que eu não teria mudado de clube se não fosse uma coisa boa para mim. Mas muito se veiculou que eu queria sair, que estava pressionando para isso", disse.

O resultado foi uma saída turbulenta, na qual a imagem do jogador ficou arranhada com a torcida. "Foi uma postura que me aborreceu demais. Tentaram colocar uma imagem ruim em mim sendo que eu sempre representei muito bem o Grêmio, me dediquei e jamais teria agido com aquela forma que eles me pintaram. Queria deixar esclarecido. Houve uma certa injustiça, até uma certa covardia na forma em que fui tratado. Eu nem pude dar entrevista coletiva de despedida", desabafou.

O caso fez Roger Flores, um dos comentaristas do programa e ex-jogador do Grêmio, lembrar que a sua saída do clube também foi conturbada. "Recebi uma proposta superior. Fui falar sobre o assunto com os dirigentes e disse que não queria ir embora. Os cartolas bateram o pé: 'renovação só daqui a seis meses'. Sem acordo, pedi para sair. Os dirigentes, no dia seguinte, nem sequer me deixaram entrar no estádio", contou.

O ex-jogador Caio, também comentarista, concluiu dizendo não é exclusividade do Grêmio este tipo de situação na qual o atleta é jogado contra a torcida na hora em que troca de clube.

"Lembro o meu caso no São Paulo, quando fui para Milão. Os dirigentes me chamaram e vieram com essa conversa: 'vamos dizer que você está saindo por uma proposta irrecusável e que também está ganhando uma Ferrari'. Eu não ganhei Ferrari alguma, mas era um motivo para os dirigentes se desculparem com a torcida, mostrando que a proposta era tão alta que até um carrão caríssimo, que impressionava qualquer torcedor, eu estava ganhando. Isso ilustra como existem algumas inverdades no futebol", completou.

 

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