Macaca vira zebra no Pacaembu e elimina o Corinthians do Paulistão

Macaca vira zebra e elimina o Corinthians do Paulistão

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:13

A zebra do Campeonato Paulista também atende por Macaca. Na tarde deste domingo, no estádio do Pacaembu, a Ponte Preta, oitava colocada na fase de classificação, jogou por água abaixo a bela campanha do Corinthians, líder na etapa inicial da competição. Venceu por 3 a 2 num jogo de final eletrizante, avançando às semifinais e eliminando o Timão do estadual.

O goleiro Julio Cesar falhou em dois gols da Ponte Preta. No primeiro, foi um autêntico 'peru'. Deixou uma bola defensável passar entre suas mãos em cobrança de falta no canto de Willian Magrão. E, quando o Corinthians pressionava em busca do empate no fim do jogo, bateu mal um tiro de meta, acertando as costas de Leandro Castán, na intermediária. Na sobra, a Macaca contra-atacou, e o goleiro ainda saiu atabalhoadamente na lateral da área, sem conseguir evitar a conclusão de Rodrigo Pimpão.

Como temia Tite, o Corinthians teve dificuldades com a forte marcação da Ponte Preta. Sofreu dois gols no primeiro tempo, um na falha de Julio Cesar e o outro num contra-ataque, de Roger. No segundo, fez um jogo de ataque contra defesa, conseguiu furar a retranca com os gols de Willian e Alex, mas foi pouco até os 50 minutos. Diante de 24 mil corintianos, o Timão desperdiçou a melhor campanha da primeira fase em apenas 90 minutos.

A Ponte Preta enfrentará o arquirrival Guarani na semifinal, provavelmente domingo no estádio Brinco de Ouro da Princesa, já que o Bugre tem melhor campanha. A Federação Paulista de Futebol confirmará data, local, horário e esquema de torcida em reunião nesta segunda-feira. São Paulo e Santos farão a outra semifinal no Morumbi.

O Timão agora volta todas as suas atenções para a disputa da Taça Libertadores, principal objetivo do clube no semestre. Fica sem jogar por uma semana e meia. Só volta a campo no dia 2 de maio, contra o Emelec, no jogo de ida das oitavas do torneio sul-americano, às 21h50m (de Brasília), no estádio George Capwell, no Equador.

Surpresa?
Gramado molhado nunca é bom para time que gosta de tocar a bola. E, no caso do Corinthians, foi ainda pior por causa da forte marcação da Ponte Preta. Sem conseguir furar o bloqueio do adversário, o Timão errou muitos passes e sofreu com os contra-ataques.

Foi em jogada de bola parada, aos 12 minutos, que a Ponte surpreendeu. Willian Magrão arriscou em cobrança de falta ensaiada e teve a ajuda de Julio Cesar: 1 a 0. O goleiro do Timão falhou e não conseguiu segurar o chute rasteiro do rival, acelerado pelo campo molhado.
Em desvantagem, o Timão partiu para cima em busca do empate. Mas de maneira desorganizada e pouco criativa. Embora estivesse com 67% de posse de bola contra 33% na primeira metade da etapa inicial, o Corinthians não conseguia levar perigo.

Bem diferente da Ponte Preta, que assustou na maioria das vezes que chegou à área corintiana.

Tanto que a Macaca conseguiu ampliar sua vantagem ainda antes do intervalo. Aos 34 minutos, após cruzamento de Uendel da esquerda, Roger apareceu com oportunismo e completou para o fundo do gol.

- Pode ser surpresa para muitos, mas para nós não é. Chegamos aqui com condições para ganhar - declarou o atacante da Ponte.

Pressão e confusão
Apesar da preocupação com os pendurados, Gilson Kleina, que teve cinco jogadores advertidos com cartão amarelo no primeiro tempo, não mudou a Ponte Preta para a etapa final. Preferiu manter o esquema que vinha dando certo. Tite, por sua vez, fez duas alterações. Sacou Danilo e Jorge Henrique e mandou a campo Douglas e Alex, na tentativa de aumentar a criatividade.

O Corinthians sufocou a Macaca no campo de defesa. Continuou, porém, vulnerável nos contra-ataques. Como Tite queria, a bola estava quase sempre nos pés de Douglas e Alex, mas os dois, aparentemente sem ritmo, eram presas fáceis para os marcadores.

A Ponte Preta, aliás, teve duas ótimas oportunidades de ampliar em jogada de velocidade, só que o último passe saía errado. Em nova tentativa de melhorar, Tite promoveu a terceira alteração no Corinthians: tirou o zagueiro Marquinhos e escalou o atacante Willian.

Sem criatividade, o Corinthians abusava das bolas levantadas na área. E, na maioria delas, a defesa da Macaca levava a melhor. A marcação da Ponte Preta era forte. Com o passar dos minutos, a partida cada vez mais virava uma disputa de ataque, do Timão, contra defesa, da Macaca.

Demorou, mas o Timão diminuiu aos 29 minutos. Willian recebeu na grande área, chutou cruzado e fez o primeiro gol do Alvinegro. Os jogadores da Ponte Preta reclamaram, porque Renato Cajá estava caído no gramado. No lance anterior, o meia tinha sofrido falta de Douglas, mas o juiz Rodrigo Braghetto deu vantagem, já que a bola ficou com a Macaca. O Corinthians recuperou a posse e chegou ao gol. De tanto gesticular, o técnico Gilson Kleina acabou expulso.

O Timão pressionava e a Ponte se defendia. Willian perdeu chance incrível, debaixo do travessão, quando a zaga aliviou o perigo pelo alto.

Mas Julio Cesar voltou a falhar. Ao cobrar um tiro de meta muito baixo, a bola bateu nas costas de Leandro Castán na intermediária e sobrou para Renato Cajá. O meia lançou Rodrigo Pimpão em seguida. O goleiro saiu desesperadamente na lateral da área para corrigir o erro, mas não impediu a conclusão do atacante, por baixo. Com 44 minutos do segundo tempo, o 3 a 1 parecia decretar a classificação campineira.

Ainda deu tempo para um golaço de Alex, no lance seguinte, e mais alguma pressão corintiana. Mas a vaga era da Macaca, que calou o Pacaembu com o placar de 3 a 2 e voltou para casa classificada para a semifinal do Campeonato Paulista. Ao Corinthians, resta lamentar o tropeço na hora decisiva e concentrar todas as suas forças no principal objetivo do semestre: a Taça Libertadores.

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