Rogério Ceni admite dificuldade em parar no final do ano: "Mais de 60% da minha vida"

Goleiro do São Paulo comemora muito a vitória sobre o Huachipato, pede garra aos jogadores e afirma: "Para mim é difícil. Está acabando tudo..."

Fonte: Globoesporte.comAtualizado: quinta-feira, 16 de outubro de 2014 às 13:46
Rogério Ceni em ação contra o chileno Huachipato
Rogério Ceni em ação contra o chileno Huachipato

Rogério Ceni em ação contra o chileno HuachipatoFalta pouco tempo para Rogério Ceni se aposentar. O goleiro decidiu que nesta temporada deixa o São Paulo no final do ano. Apesar de a decisão ter sido tomada há meses, o ídolo são-paulino tem tido dificuldade em lidar com o assunto. Na última quarta-feira, por exemplo, após a vitória sobre o Huachipato, do Chile, pelas oitavas da Sul-Americana, ele desabafou.

- Eu vou dormir feliz e aliviado. Para mim é difícil. Está acabando tudo... - declarou o camisa 1.

Com o São Paulo oscilante no Brasileirão (é o terceiro colocado, mas está a sete pontos do líder Cruzeiro), o torneio continental virou "obsessão" para o goleiro tricolor. Primeiro porque é talvez a única chance de ele levantar uma última taça pelo Tricolor, depois porque enquanto o time estiver vivo na competição mais jogos ele terá com a camisa do time do Morumbi.

A conversa de Ceni com o elenco nos últimos jogos tem sido sempre nesse sentido. O capitão faz questão de mostrar a importância de cada partida para ele. E mais: pede que os jogadores deem a vida dentro de campo, pelo menos duas vezes por semana.

 - Pra mim, sim (tem um gosto especial). Tentei expressar isso pra eles depois do jogo. Isso aqui é a história da minha vida. Mais de 60% da minha vida. Quando você se apega é difícil. O final se torna mais difícil. Pedi que deixassem as vidas nesses 90 minutos. Um jogador profissional é obrigado a deixar a vida em campo duas vezes por semana - declarou o M1to.

Por fim, Rogério Ceni lamentou a oscilação do São Paulo no Campeonato Brasileiro. O Tricolor poderia estar mais perto do líder Cruzeiro, mas perdeu do Atlético-MG na última rodada.

- É uma variável que está acontecendo com todo mundo. O problema é a parte psicológica e motivacional. Você tem que criar uma fato novo, extrair muito do atleta. E como faz para contar 80 histórias diferentes por ano? Jogamos muito. E é nisso que o time oscila - finalizou o goleiro.

Nas quartas de final da Copa Sul-Americana, o São Paulo vai pegar o equatoriano Emelec. E pelo Campeonato Brasileiro, sábado, às 18h30, no Morumbi, o desafio é contra o Bahia.

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