Nara Alves, iG São Paulo
Prefeito e governador fluminense, ambos do PMDB, devem entrar na campanha pela prefeitura da capital paulista
Uma das linhas de campanha já definidas pela equipe do pré-candidato do PMDB à prefeitura da capital paulista, deputado Gabriel Chalita, é a comparação entre Rio de Janeiro e o São Paulo. A experiência fluminense de integração entre poder municipal, estadual e federal será usada como bom exemplo a ser seguido na capital paulista.
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Chalita espera inclusive a participação do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do governador Sergio Cabral, ambos do PMDB, em sua campanha em São Paulo. “Vamos mostrar os programas que deram certo no Rio de Janeiro, com Paes, Cabral e Dilma. E eles estão à disposição (do partido)”, diz Chalita.
Segundo pré-candidato, para o PMDB o Rio é o exemplo mais próximo do que pode acontecer em São Paulo caso seja eleito prefeito. “Vamos mostrar que essa parceria é fundamental e o mesmo pode acontecer em São Paulo, com um bom relacionamento com o governo (Geraldo Alckmin, do PSDB) e um excelente relacionamento na esfera federal (Dilma Rousseff, do PT)”, afirma.
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Ex-tucano e ex-secretário de Educação de Alckmin, o deputado agora faz parte da base de Dilma. A aproximação ocorreu em 2010, quando Chalita partiu em defesa da então presidenciável durante polêmica em torno da questão do aborto.
Outra linha da campanha será o de críticas à gestão de Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB) à frente da prefeitura. O deputado defende um enxugamento da estrutura municipal. “Tem de gastar menos com a Prefeitura e mais com a cidade. É uma máquina muito lenta. 27 secretarias é demais. Muita secretaria para São Paulo. Você tem um esvaziamento do poder das subprefeituras, o que é muito ruim”, afirma.
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Foto: AE
Questionado se o mesmo não valia para o governo federal, o deputado concordou. “Acho que deveríamos ter menos ministérios. Não conheço nenhuma empresa privada no mundo que você tenha um organograma com 30 pessoas ligadas a uma”, critica.
Coligação
Ligado à Igreja Católica, Chalita já selou aliança com os partidos cristãos PTC e PSC. Agora, negocia com PTB, PR, PDT, que aguardam movimento do governo federal para definir as coligações para outubro. O PMDB também mantém conversas com o DEM, tradicional aliado do PSDB em São Paulo.
Chalita admite que, na hora de fazer coligação, a questão ideológica deve ficar em segundo plano. “No momento em que você vai discutir uma ampla aliança para governar São Paulo, aí eu acho que isso é secundário (questão ideológica). É natural que você tenha forças diferentes no processo desde que num programa conjunto para administrar a cidade”, justifica.
(Colaborou Adriano Ceolin, iG Brasília)
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