Ministros do STF se articulam para Peluso participar do julgamento do mensalão

Ministros do STF se articulam para Peluso participar do julgamento do mensalão

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:11

Wilson Lima

Ideia é acelerar o cronograma para que ministro vote antes de se aposentar em 3 de setembro

Peluso é obrigado a se aposentar em 3 de setembro, quando completa 70 anos

Foto: Dilvulgação

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) articulam formas que possam possibilitar a participação do ministro Cezar Peluso, durante o julgamento do mensalão, que já soma sete dias. Nos corredores da Corte, Peluso já se manifestou a favor de proferir seu voto, mas ele não quer atropelar o regimento interno da casa que o obriga a se aposentar em 3 de setembro, quando completa 70 anos.

No entanto, para não perder até 1/3 de sua aposentadoria, o ministro do STF precisaria deixar o cargo até o dia 31 de agosto. Na prática, sua última sessão deveria ser no dia 30.

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Na quinta-feira da semana que vem, dia 16 de agosto, começam as exposições dos ministros. O primeiro a falar será o relator, Joaquim Barbosa, e depois o revisor, Ricardo Lewandowski. Se o cronograma for seguido com base no tamanho dos votos e os dois ministros falarem, cada um, por três dias, Peluso se aposentaria sem dar seu voto no julgamento do mensalão.

Diante dessa situação, existem duas possibilidades que estão sendo articuladas por assessores e ministros para permitir a participação de Peluso. A primeira: contar com a colaboração de Lewandowski e Barbosa para que eles utilizem o menor tempo possível durante seus votos. Barbosa, conforme interlocutores, já estaria disposto a falar em apenas dois dias para permitir a participação de Peluso. Lewandowski ainda é uma incógnita sobre o assunto, mas também não descarta essa possibilidade.

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Uma outra articulação que circunda os corredores do STF é viabilizar o voto de Peluso antes do revisor do mensalão. O problema é que essa seria uma situação inédita no STF, dando ao julgamento do mensalão uma situação de excepcionalidade, fato que tem sido evitado a qualquer custo pelos ministros.

 

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