Serra pede para 'dar crédito' a governador tucano citado no caso Cachoeira

Serra pede para 'dar crédito' a governador tucano citado no caso Cachoeira

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:12

O pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, o ex-governador José Serra, pediu nesta quarta-feira para “dar crédito” ao governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, suspeito de envolvimento com o grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. “O Marconi pediu ao procurador-geral da República (Roberto Gurgel) para investigá-lo e se dispôs a ir à CPI, coisa que os outros governadores não fizeram. Então vamos dar o crédito. Acho que quem faz isso está muito à vontade para poder se defender bem. Vamos aguardar.”

 CPI, assim como o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz. Os dois são citados em grampos, mas negam relação com o bicheiro. Na CPI, somente o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), foi poupado e, por enquanto, não vai depor. Cabral argumenta que a amizade com Fernando Cavendish, ex-dono da Delta, empreiteira citada no esquema, não é suficiente para convocá-lo e para ser poupado contou com a ajuda do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ainda não há datas marcadas para os depoimentos.

Perillo enfrenta a suspeita de que teria negociado um imóvel com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, por intermédio do ex-vereador do PSDB Wladimir Garcez. Cachoeira está preso desde fevereiro, acusado de comandar um esquema de jogos ilegais e de ter ligações com autoridades, políticos e empresários. Ontem, o governador de Goiás foi a Brasília para dizer que está tranquilo e tem a vida limpa.

Lula x Gilmar Mendes

Serra também voltou a falar sobre a acusação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o teria pressionado para que o julgamento do mensalão não fosse realizado ainda este ano. O tucano repetiu o discurso da última segunda-feira e evitou polemizar sobre o assunto. “Eu acho que é um assunto que afeta as instituições no Brasil, a estabilidade institucional. Não vou me manifestar nessa polêmica exatamente para não contribuir para esquentar esse assunto”, disse. “Temos na pauta do Judiciário o julgamento do mensalão. Vamos trabalhar para que aconteça e seja isento. A partir de agora, decidi que não vou mais comentar esse assunto, dado o risco de instabilidade institucional.”

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