Abrigo em SP é exemplo no cuidado com crianças tiradas das ruas

Abrigo em SP é exemplo no cuidado com crianças tiradas das ruas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:28

O abrigo Casa Taiguara, na Casa Verde, na Zona Norte da capital paulista, é exemplo de instituição onde as crianças não fogem. A casa tem uma equipe de 20 funcionários e 32 voluntários e abriga 22 crianças. Exemplos como esse mostram que é preciso dedicação para tratar dessas crianças.

  Nem todos os 132 abrigos para crianças e adolescentes da Prefeitura de São Paulo funcionam da mesma maneira. Desde 2008, todos eles passaram a ser tocados por organizações não-governamentais (ONGs) e recebem da Prefeitura, em média, R$ 48 mil por mês. Em busca de novas saídas, esta semana, especialistas da em educação e Justiça se reuniram na Prefeitura, que reconhece falhas em alguns abrigos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, 448 crianças de até 12 anos e adolescentes de até 18 anos estão em situação de rua na capital paulista. O termo situação de rua é usado porque a ideia é que eles sejam retirados das ruas. Os números foram constatados em uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizada no final de 2009 e publicada em 2010.

Casa Taiguara

O desafio do abrigo Casa Taiguara é promover e proteger crianças que viveram a dor e a liberdade das ruas. No espaço, a garagem foi transformada em sala de leitura. “A gente conta história dos sete anões para meninos de 17 anos e eles pedem igual criança pequena: repete. repete. A gente vai buscar o mundo imaginário porque às vezes esses meninos não tiveram infância, não tiveram quem cuidasse”, explica Valéria Passaro, coordenadora pedagógica do abrigo.

Além de resgatar a criança em risco, os profissionais trabalham com suas famílias. “Acho que essa família foi sendo negligenciada há gerações. Esse menino é só resposta de uma negligência que não é de hoje”, afirma a coordenadora. Enquanto o retorno para casa não é possível, os moradores aprendem no abrigo a seguir regras, como em uma família, e que a mesma lei que garante a liberdade, exige também a proteção.

A Casa Taiguara propõe diversas atividades para as crianças como a prática de esportes radicais e a possibilidade de fazer cursos. “A gente tem poucos casos que não ficam. Estou aqui há quatro anos e a fixação dos meninos é quase 90%. Quando algum menino quer ir embora, a gente se pergunta por que ele quer ir, no que a gente não está acertando”, conta Valéria.          

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