Em meio à polêmica envolvendo o seu vice Indio da Costa (DEM), o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, inaugura comitê de campanha em Belo Horizonte nesta segunda-feira. Ele terá como anfitrião o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, candidato ao Senado.
O evento está marcado para as 13 horas. Será a primeira aparição pública do tucano após as declarações do seu vice sobre o PT. No fim de semana, Indio da Costa deu uma entrevista ao portal de internet Mobiliza PSDB e vinculou o PT à guerrilha e ao narcotráfico.
"Todo mundo sabe que o PT é ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ligado ao que há de pior. Não tenho dúvida nenhuma disso", disse Indio ao portal. No Twitter, ele centrou suas críticas à candidata petista Dilma Rousseff, chamando-a de atéia e esfinge do pau oco.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, também usou o Twitter para criticar Indio da Costa e disse que o partido poderá processar o deputado . No domingo à noite, Dutra chamou o vice de Serra de defunto ruim. O presidente petista, no entanto, não citou Indio da Costa nominalmente.
Meus amigos. Hoje é dia 18 de julho. Não é dia 19 de abril. Vocês não acham que estão gastando muita vela com defunto ruim?, escreveu no microblog, lembrando a data em que é comemorado o Dia do Índio no Brasil.
Preocupação no PSDB
Indio foi chamado a São Paulo para uma reunião com a equipe de comunicação da campanha de Serra. Os tucanos estão preocupados com as atitudes do deputado na internet. Na sexta-feira, ele foi multado em R$ 5 mil pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por pedir votos pelo Twitter antes do prazo legal.
Indio foi escolhido vice de Serra na reta final das convenções partidárias. O atraso na definição foi resultado de uma tentativa frustrada de convencer Aécio Neves a ser o vice. Por quase seis meses, aliados de Serra esperaram que o ex-governador aceitasse o posto e não fizeram um plano B.
Até para integrantes do DEM, Indio foi uma surpresa. Com 39 anos, ele está apenas no seu primeiro mandato como deputado federal. Antes, foi vereador e secretário municipal no Rio de Janeiro. No Congresso, destacou-se como relator do projeto Ficha Limpa e subrelator na CPI dos Cartões Corporativos.
O presidente do DEM, Rodrigo Maia, foi principal defensor do nome de Indio. Argumentou que ele representa a juventude do partido.
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