O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse, neste sábado (2) que "não pretende mudar nenhuma estratégia" relacionada ao abastecimento de água do Estado.
"A população tem aderido e ajudado muito através do uso racional da água. 90% da população reduziu o consumo de água", disse. "Seria uma atitude até irresponsável fazer racionamento, pois poderíamos perder toda a economia obtida", comentou.
"E isso poderia ter até ter perdas físicas, pois quando fecha um sistema e depois reabre tem uma grande mudança de pressão", comentou, referindo-se ao sistema Cantareira. "Então a decisão é técnica e estamos preparados para chegar até o período das chuvas", disse. Ele fez os comentários depois de participar de evento com o primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, em São Paulo.
Segundo balanço divulgado nesta semana pela Sabesp, 74% dos consumidores na grande São Paulo diminuíram seu consumo em relação à meta.
Desde 1º de fevereiro, a companhia oferece bônus de desconto de 30% na conta de água, para quem reduzir o consumo em 20%. Nas leituras feitas entre o dia 1º e 25 de julho, 46% dos consumidores reduziram o gasto dentro da meta. "Isso resulta em uma economia de 2.400 litros a cada segundo na produção de água nestas quatro primeiras semanas de julho", informa o levantamento.
Mais água do volume morto
A Sabesp estuda retirar uma segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira para garantir a vazão atual. A proposta pode deixar o nível do principal manancial paulista no vermelho em até 30% para o início de 2015.
A concessionária busca aval dos órgãos gestores para captar mais 116 bilhões de litros da reserva profunda dos reservatórios, além dos 182,5 bilhões que começaram a ser sugados em junho e devem acabar entre outubro e novembro.
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