"Ana Maria Braga trocou o pudim pelo presunto", diz ratinho

"Ana Maria Braga trocou o pudim pelo presunto", diz ratinho

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:32

Conhecido por seu temperamento explosivo, Carlos Massa, 55, o apresentador Ratinho, revela seu lado mais tímido, família e o jeito caipira, durante entrevista ao UOL. Com 15 anos de carreira e sem nunca ter frequentado uma universidade, o apresentador conta como alcançou a popularidade que tanta almejava e conquistou um patrimônio considerável. Atualmente, ele é dono de oito emissoras de rádio, da rede filiada do SBT no Paraná (Rede Massa), tem 13 fazendas, uma área de 220 mil hectares no Acre, 10 mil cabeças de gado, dois aviões, negócios de café e soja e cinco mil funcionários. Tendo apenas concluído o ensino médio, Ratinho afirma que sente falta de ter estudado. “Gostaria de ter feito geografia ou história. Seria um ótimo professor de história, adoro saber sobre as coisas, adoro ler biografias. Adoro os livros do Gabriel García Marquez.”

Com visão de mercado e público, Ratinho não quer mais apresentar programas policiais e diz que esse tipo de temática já está “batida.” “Hoje há excesso de desgraça na televisão. A Ana Maria Braga trocou o pudim pelo presunto”, dispara. Leia abaixo a entrevista completa com o apresentador.

UOL - Como você iniciou sua carreira na TV?

Ratinho - Eu comecei cedo na TV, ainda quando ela era preto e branco. Eu fui muito persistente. Fui para televisão, de fato, no programa “Cadeia”, exibido na rede CNT (Central Nacional de Televisão). Foi aí que comecei a ser profissional de televisão. Trabalhava como repórter policial. Sempre quis ir para TV.

UOL - Você teve uma infância humilde, porém sua ousadia fez com que você conquistasse o público. Como você avalia sua trajetória?

Ratinho - Eu sempre busquei ser popular de alguma forma. Na infância, eu era o menino mais popular da escola e na pré-adolescência era líder do colégio. Procurei a popularidade de todas as formas possíveis. Trabalhei no circo como palhaço, viajei por um ano com uma trupe de artistas mambembes, tentei ser cantor, mas desafinava demais, era horrível. Fiz essas coisas para tentar ser popular. Meus pais sempre me apoiaram, sempre acreditaram em mim. Meu pai diz que todo mundo tem que fazer o que gosta na vida. O ser humano só é feliz se faz o que gosta.     "Hoje há excesso de desgraça na TV. A Ana Maria Braga

 trocou o pudim pelo presunto", dispara Ratinho em entrevista

- 05/08/2011 - Da Redação     UOL - Você ficou fora do SBT durante um ano e oito meses, logo depois o Silvio Santos pediu para que você retornasse. Hoje você divide o lucro do programa. Como funciona essa parceria?

Ratinho - Minha parceria com o Silvio funciona da seguinte forma:  Se o programa fatura R$ 5 milhões, R$ 1 milhão é destinado para pagar as despesas da atração; R$ 2 milhões vão para o SBT e o restante para “Rede Massa”, minha empresa.

UOL - Como é sua relação com o Silvio Santos?

Ratinho - Ah, é a melhor possível. Faz um ano que a gente não se vê. É uma beleza [risos]. Falando sério agora, a gente se dá bem. Devo muito a ele.

UOL – Dividir o lucro com o SBT fez com que a pauta do seu programa mudasse?

Ratinho - Chegamos à conclusão de que programa que fala palavrão e exibe violência gratuita não tem patrocinadores, apesar da audiência. Optamos por uma temática alegre, sem apelação para termos mais anunciantes e a mesma audiência. Quando o Silvio me convidou para apresentar programa policial, eu automaticamente mudei o foco, sem falar nada com ele, pois já tinha muita gente na TV falando sobre desgraça. Tem notícia ruim desde as 6 horas. Eu não quero mais fazer isso. Foi uma decisão minha. Acostumei com o auditório, só quero ter programa com plateia agora.

UOL - Como surgiu a história do DNA na TV?

Ratinho - Fiz isso no programa porque um pai me procurou, aí deu ibope e resolvi continuar. Eu introduzi isso na TV, nem mesmo as novelas falavam sobre isso. O teste de DNA não termina no palco, nós damos toda assistência para família após o programa.

UOL - Por muito tempo você buscou altos índices de audiência. Você ainda é um cara ambicioso por alcançar esses índices?

Ratinho - Não. Quero ter uma boa audiência ainda por uns dez anos. Fazemos um arroz com feijão bem temperadinho para alcançarmos isso. Tento ser terceiro lugar no ibope, mas aí fico concorrendo com novela (exibidas na Rede Globo)... e aquelas novelinhas são boas né?

UOL - Por que você parou com o jornalismo policial?

Ratinho - Hoje existe excesso de desgraça na televisão. Quando eu comecei a apresentar programa policial só havia praticamente o meu programa. Agora, logo cedo a Ana Maria Braga já coloca desgraça na TV. Ela trocou o pudim pelo presunto. A população está cansada disso. E outra, o crime no Brasil se organizou. Hoje, se eles quiseram matar eles matam. Eu quero viver para minha família. Não existe essa de valentão, de não morrer. Morre sim e como eu não sou valentão... Assisto ao programa do Datena, gosto dele como pessoa, apesar do mal–humor [risos]. Teve uma época que os jornais começaram a criar “encrenquinha” entre a gente, aí ele me ligava e dizia: “hoje eu vou meter o pau em você”. A gente combinava tudo. Somos muito amigos.        

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