Apesar de greve em SP, passageiro consegue embarcar em trem

Apesar de greve em SP, passageiro consegue embarcar em trem

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:40

Funcionários em greve se concentram dentro da estação Osasco, da CPTM (Foto: Juliana Cardilli/G1)            

Os passageiros que utilizam a Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú), da CPTM, conseguiam embarcar tranquilamente na Estação Osasco, na Grande São Paulo, por volta das 6h desta quarta-feira (1º). Nesta terça (31), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, que representa os funcionários da companhia, decidiu em assembléia que a categoria cruzaria os braços a partir da 0h desta quarta. Em dez minutos, três trens passaram com destino ao Grajaú pela Linha 9.

Os metroviários, que chegaram a anunciar uma greve para esta quarta, adiaram a paralisação após se reunirem em assembleia nesta terça-feira (31). Dois dos quatro sindicatos dos funcionários da CPTM, entretanto, decidiram pela greve nesta quarta. No ABC, motoristas e cobradores de ônibus de sete cidades (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande Da Serra) também estão parados nesta quarta. O rodízio municipal de veículos na capital paulista não foi suspenso.

Segundo Evângelo Lucas, diretor do sindicato, a adesão entre os maquinistas da Linha 9 é de 90%. Na estação Osasco, maquinistas, funcionários de estação e da oficina de manutenção de trens se concentravam antes das catracas tentando convencer os outros funcionários a aderirem ao movimento.

A cozinheira Vera Lúcia Soares se espantou com a reportagem do G1 na Estação Osasco que lhe informou que a CPTM estava em greve. “Está mesmo?! Ouvi ontem que ia estar, mas hoje está tudo normal. Não tive nenhum problema. O trem estava até mais vazio”, disse ela que sai todos os dias de Barueri, na Grande São Paulo, com destino à Estação Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital.      Maria Sueli e Arlete se surpreenderam com o movi-

mento tranquilo no embarque da Estação Osasco

(Foto: Juliana Cardilli/G1)

Sua colega Maria Sueli da Silva, também cozinheira, já tinha se preparado para enfrentar um dia difícil para ir ao trabalho. “Vim até com medo achando que teria que enfrentar os ônibus. Quando cheguei, achei que fosse um alarme falso, que nem tinha greve.”

A vendedora Arlete Maria de Santana também não enfrentou problemas nesta manhã na Estação Presidente Altino. “Não sabia da greve. Só percebi agora quando desci do trem e ouvi no auto-falante. Para mim está tudo normal.”

De acordo com Lucas, a operação dos trens da Linha Coral está sendo feita por maquinistas que não completaram o treinamento. “O sistema vai acabar degradando. Eles não têm a experiência dos maquinistas formados. Qualquer emergência que ocorra eles podem confundir um comando”, disse.

A CPTM nega a informação e afirma que a linha é operada por maquinistas que trabalham normalmente em suas linhas.

Na Estação Presidente Altino, os passageiros também conseguiam realizar o embarque normalmente pelas linhas 8-Diamante e 9-Coral. Nesta estação, avisos sonoros informavam que os trens estavam circulando com maior intervalo "por motivo de greve". Passageiros ouvidos pelo G1, entretanto, afirmaram não ter percebido qualquer diferença.

Segundo a CPTM, a Linha 11-Coral (Luz-Estudantes) é a mais prejudicada, principalmente no trecho entre Guaianazes e Estudantes. O Paese foi acionado. Com isso, os passageiros descem na Estação Guaianazes e seguem de ônibus até a Estação Estudantes.

Ainda de acordo com a CPTM, a Linha 12-Safira está fechada porque o sindicato não cumpriu a ordem do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de manter 90% do efetivo. Nesta terça-feira, o tribunal determinou que os funcionários da CPTM mantenham 90% da frota em operação no horário de pico. Segundo o diretor do sindicato, a operação parcial pode ser arriscada. "Vamos negociar com a empresa para ver como vamos fazer para atender a essas questões. Trabalhar parcialmente nos coloca em risco", afirmou.     Em dez minutos, trens pararam na Estação Osasco

com destino ao Grajaú (Foto: Juliana Cardilli/G1)       A CPTM informou que durante a reunião realizada no TRT apresentou nova proposta aos quatro sindicatos representantes da categoria. A CPTM ofereceu reajuste salarial de 3,07%, o que corresponde a 1,75% do IPC/Fipe deste período e 1,3% de aumento real.

Os motoristas e os cobradores de ônibus das cidades do ABC também decidiram cruzar os braços a partir da 0h desta quarta. O sindicato dos rodoviários da região rejeitou proposta de aumento salarial de 8% apresentada pelos empregadores e decidiu pela greve em sete cidades: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande Da Serra.

Os trabalhadores reivindicam 15% de reajuste, além de melhorias trabalhistas. Uma nova reunião com os representantes da categoria deverá acontecer ainda nesta quarta.

Metrô

Já os funcionários do Metrô adiaram a discussão sobre o início ou não da greve. Em assembleia durante a noite desta terça-feira, a categoria ficou dividida. A categoria quer reajuste de 10,79%. O Metrô, por sua vez, apresentou proposta de aumento salarial de 8%. Uma nova reunião está prevista para acontecer às 18h30 desta quinta (2), novamente na sede do sindicato, na Zona Leste da capital paulista.          

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