Após 12 anos, Justiça marca júri de acusado de mandar matar juiz em MT

Após 12 anos, Justiça marca júri de acusado de mandar matar juiz em MT

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:23

Doze anos após o crime, a Justiça Federal de Mato Grosso definiu que o empresário Josino Pereira Guimarães vai a Júri Popular no 29 de novembro deste ano. Ele é acusado de ser o mandante da morte do juiz estadual Leopoldino Marques do Amaral e as audiências do caso foram concluídas na semana passada pela justiça.

O corpo do juiz foi encontrado no dia 7 de setembro de 1999 na cidade de Concepción, no Paraguai, com dois tiros na cabeça e parcialmente carbonizado. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Josino Guimarães mandou matar o juiz que havia denunciado um esquema de vendas de sentenças no Poder Judiciário Estadual.   Depois de vários anos em silêncio, o empresário decidiu falar. Ele alegou em entrevista ao G1 que ser vítima de uma armação. "Enfiaram uma faca no meu pescoço e estou com ela há anos. Tudo o que eu quero é tirá-la logo e vou até o fim. Se tiver que enfrentar Júri Popular eu enfrento, pois, não tenho medo de mais nada", disse o empresário, em outra oportuniadade.

Até agora foram condenadas duas pessoas por envolvimento na morte do juiz. Dois anos depois do crime, a ex-escrevente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Beatriz Árias foi condenada a 12 anos de prisão por coautoria no assassinato. Ela cumpre pena no regime semiaberto. Já o tio dela, Marcos Peralta, apontado como o autor dos tiros que mataram o juiz, morreu na cadeia em 2005 por complicações do diabetes.

Atualmente, o empresário está preso em Cuiabá. Em setembro deste ano, ele foi condenado a mais de 7 anos por integrar um suposto esquema para levantar a hipótese de que o juiz Leopoldino, encontrado morto no Paraguai, na verdade estava vivo. No entanto, segundo o MPF, a segunda exumação que chegou a ser feita no corpo teve como objetivo criar uma farsa para tumultuar o processo. A defesa promete recorrer a decisão de primeira instancia da Justiça Federal de Mato Grosso. Outras tres pessoas também foram condenadas por envolvimento na farsa. 

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