Gabriele encontrou sua loja inundada (Foto: Thamine Leta/ G1)
Após os estragos causados pela chuva de segunda-feira (25) , muitos comerciantes da Praça da Bandeira e da Tijuca, na Zona Norte do Rio, não abriram as portas. Os proprietários e funcionários dos estabelecimentos trabalham na manhã desta terça-feira (26) para limpar toda a sujeita causada pelo temporal.
Foi a mesma coisa que aconteceu quando choveu em abril do ano passado. Fiquei dez dias sem poder abrir a loja por causa da água e da lama dentro da minha loja. É terrível, contou a comerciante Gabriele Quitete, dona de uma assistência técnica na Praça da Bandeira.
Luciana tenta limpar o estrago causado pelo temporal (Foto: Thamine Leta/ G1)
O local com mais estabelecimentos fechados é a Praça da Bandeira, onde os bombeiros resgataram ainda um corpo na madrugada desta terça. Na Avenida Maracanã, alguns comerciantes abriram as portas mesmo sabendo que teriam que retirar a lama das lojas. Na Rua Conde de Bomfim, na Tijuca, o funcionamento é praticamente normal.
Essa chuva já entrou para o calendário oficial do Rio. Ninguém faz nada. Pelo segundo ano perdi produtos, a água invadiu a loja e terei prejuízo. Espero conseguir terminar a limpeza ainda hoje, comentou a empresária Luciana Montenegro, dona de uma loja de motos.
Comércio fechado na Avenida Maracanã (Foto: Thamine Leta/ G1)
Chove fraco no Rio
O Centro de Operações Rio informou que chove fraco nos bairros de Anchieta, no subúrbio, e Bangu, na Zona Oeste, nesta terça-feira (26). Também chove com um pouco mais de intensidade nos bairro de Santa Cruz e Sepetiba, na Zona Oeste, mas não há registro de alagamentos ou transtornos na região. Segundo dados do Alerta Rio, a cidade ainda segue em estado de atenção em todas as regiões da cidade.
Segundo a Light, moradores da Taquara, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, ainda estão sem energia elétrica. Os problemas na rede estão sendo solucionados gradativamente. Parte da Estrada Grajaú-Jacarepaguá também continua sem luz. Segundo a Light, uma árvore caiu sobre os cabos. Com a via interditada pela pedra que deslizou, técnicos não têm como fazer os reparos no restante da rede na região.
No Centro, a Rua do Senado segue completamente alagada nesta manhã. Já na Zona Norte, os principais alagamentos são na Quinta da Boa Vista e no Maracanã.
Trator faz remoção da lama na Praça da Bandeira, na Zona Norte (Foto: Celso Pupo/FotoArena/AE)
Cefet suspendeu aulas
Ainda no Maracanã, o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet) suspendeu as aulas nesta terça depois que as salas do primeiro andar ficaram alagadas. No segundo andar, a lama complica o acesso ao local. A orientação da direção é que alunos acompanhem pelo site se haverá aulas na quarta-feira (27), já que ainda há vários bolsões d'água no entorno da unidade.
Temporal
O temporal começou ainda na noite de segunda-feira (25) e se estendeu pela madrugada. Além de ter alagado bairros, as chuvas causaram a interdição da Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá por causa do deslizamento de uma pedra. De acordo com o Alerta Rio, a chuva forte acumulou 274 mm, em um período de nove horas, apenas na estação pluviométrica Tijuca/Muda. A mesma estação registrou, às 21h de segunda, o terceiro maior pico de chuva desde a criação do Alerta Rio, em 1997, com um acúmulo de 99,6 mm de chuva por hora.
As estações pluviométricas com maior incidência de chuva nas últimas 24h foram: Tijuca/Muda (274,2 mm), Tijuca (218,2 mm) e Grajaú (185,0 mm), na Zona Norte.
Risco de escorregamento
Segundo o Centro de Operações, a probabilidade de escorregamento é muito alta nas encostas da região da Grande Tijuca, Andaraí, Lins, Grajaú, Rio Comprido e Alto da Boa Vista. A orientação da Defesa Civil é para que as pessoas que moram em áreas de risco se dirijam a pontos de apoio em locais seguros e permaneçam lá até a chuva parar.
A Defesa Civil do Rio registrou quatro deslizamentos de terra na noite desta segunda em favelas da Zona Norte, durante a chuva forte que atingiu a cidade. Segundo o Centro de Operação da Prefeitura do Rio, os deslizamentos aconteceram nas comunidades JK, Borel, Andaraí e Chacrinha. Não houve vítimas.
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