Após denúncia, venda de cigarros continua em feira do Centro de SP

Após denúncia, venda de cigarros continua em feira do Centro de SP

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:21

O “Feirão do Cigarro”, no Brás, região central de São Paulo, funcionava normalmente na madrugada desta terça-feira (8), comercializando cigarros falsificados e contrabandeados do Paraguai. Nesta segunda (7), reportagem do SPTV mostrou o comércio ilegal na região.

A feira acontece pelo menos duas vezes por semana na Rua Prudente de Morais. Os maços abastecem, principalmente, o comércio na periferia da capital paulista. O comandante da PM da região do Brás, tenente-coronel Renato Pereira Conceição, admitiu que a fiscalização não é suficiente para combater a venda irregular. "É necessário realmente intensificar as fiscalizações e também investigações de quem traz esse produto. Porque senão, tanto a Prefeitura quanto a polícia apreende material e eles continuam chegando aqui na nossa cidade."

A Prefeitura de São Paulo diz que já está tomando uma atitude. Segundo Edson Ortega, secretário do Gabinete de Segurança Urbana, no final do mês haverá uma reunião em Foz do Iguaçu (PR). "No final do mês vamos fazer uma reunião com Polícia Federal, com Ministério da Justiça, com várias autoridades, tratando justamente de como coibir nas fronteiras, de uma forma mais incisiva, para evitar que tenhamos que combater de forma pulverizada na cidade de São Paulo."

Danos à saúde

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná analisou 20 marcas de cigarros produzidos no Paraguai. "Nós vamos ver insetos, mas principalmente pedaços de metais e filamentos de plástico. Quando queima esse tipo de plástico, que é principalmente o PVC, ele libera uma substância chamada vinilclorado. Esse vinilclorado é cancerígeno, então inalando é uma causa importante de câncer pro pulmão", explica o toxicologista Anthony Wong.

“Essas pessoas provavelmente vão ter problemas respiratórios dentro de poucos meses, até o máximo dois anos, provavelmente já teria alguns danos à saúde", completa Wong. Há também bactérias. "Alguns deles têm em quantidades, de 260, 608 milhões de colônias por grama. Essa é uma quantidade absurda.”

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