Após fraude, motoristas podem retirar veículos em depósitos do Rio

Após fraude, motoristas podem retirar veículos em depósitos do Rio

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:34

Após a prefeitura do Rio anunciar o término do contrato com a empresa Locanty, que gerencia os depósitos de carros rebocados, a Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) informou, nesta segunda-feira (11), que os motoristas com veículos rebocados podem retirar os automóveis normalmente dos depósitos.

O passo a passo do serviço de retirada está disponível no site da prefeitura e no da Seop.

O cancelamento do contrato se deu após uma operação realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), na quinta-feira (7), prender 19 suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em liberar veículos rebocados de depósitos púlbicos no Rio.

Segundo a secretaria, cabe à Locanty esvaziar os pátios para que sejam feitas as devoluções dos automóveis rebocados e os leilões já agendados. Essa responsabilidade, ainda de acordo com a Seop, está prevista no contrato e "não fica suspensa com o seu rompimento".

Desde a manhã desta segunda-feira, guardas municipais e agentes da Coordenadoria de Fiscalização de Estacionamento e Reboques da Seop estão de prontidão nos depósitos, para auxiliar o processo de retirada dos veículos pelos seus proprietários.

A Seop informou que fará um contrato emergencial para os serviços de reboques, depósito e entrega dos veículos nos próximos dias, quando voltarão as operações de reboques. Os veículos estacionados irregularmente continuarão a ser multados.

Quadrilha desmontada

Antes da operação que começou a desmontar a quadrilha que liberava ilegalmente veículos rebocados que eram guardados em depósitos públicos no Rio de Janeiro , o Fantástico entrou em contato com os fraudadores para mostrar como eles agiam , tentando liberar um carro rebocado.

A prefeitura do Rio tem quatro depósitos que guardam os carros rebocados. Em um dos depósitos, o maior da cidade, funciona também o escritório que concentra toda a documentação das apreensões feitas diariamente. Segundo a polícia, por causa da facilidade de acesso às informações de proprietários e veículos, foi montada uma espécie de central da quadrilha.

Em média, quatro mil veículos são apreendidos por mês na cidade. A maioria dos envolvidos no esquema era funcionária de apenas uma empresa, a Locanty, que tem o contrato de gerenciamento dos depósitos e do próprio serviço de reboques. Entre os presos, estão todos os supervisores dos depósitos e o chefe deles.

Na sexta-feira (8), o secretário especial de Ordem Pública, Alex Costa, responsável pelo contrato com a empresa Locanty, afirmou em entrevista que a fiscalização do serviço cabia à própria empresa e não à prefeitura. Mas depois a prefeitura informou que vai romper o contrato com a empresa .

A empresa tem outros contratos com a prefeitura, para limpeza e conservação, além de uma concessão para recolhimento de lixo. Em nota, a Locanty afirmou que não tem responsabilidade sobre os crimes, e se diz vítima de ex-funcionários e terceiros.            

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