Após massacre no RJ, mais pessoas tentam se desfazer de armas, diz ONG

Após massacre no RJ, mais pessoas tentam se desfazer de armas, diz ONG

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:48

O massacre de Realengo, que terminou com 12 crianças mortas na Zona Oeste do Rio, aumentou o número de pessoas disposta a se desfazer de suas armas. Segundo o coordenador da ONG Viva Rio, Antonio Rangel, a organização recebeu inúmero telefonemas de interessados em entregá-las.

“Quanto mais armas, mais crimes, mais violência. Desde o massacre, o telefone do Viva Rio não para de tocar com pessoas querendo entregar armas e serão indenizadas por isso”, conta Rangel, que irá nesta segunda-feira (11) ao Ministério da Justiça discutir detalhes de uma nova campanha pelo desarmamento no país.

Líder do movimento Rio de Paz, Antonio Carlos da Costa faz coro a favor da proposta: “Primeiro nós queremos dizer para esses pais que a dor de vocês é a nossa dor. O que aconteceu com a vida de vocês afetou a nossa. Não dá para pensar na infelicidade que vocês estão vivenciando e voltar a viver a vida que estamos vivendo. Viemos levantar essa questão, que vem à tona neste momento: Como que pode um criminoso de modo tão fácil comprar arma e munição para destruir vidas inocentes?”.

Os grupos se reuniram a outros no domingo (11), na Praia de Copacabana, onde fizeram homenagem às vítimas e pediram o desarmamento. “Controlar a mente de uma pessoa que faz isso nós não podemos, mas o desarmamento nós podemos”, resume a dona de casa Maria Luiza de Albuquerque. “A gente está pedindo um basta para esse tipo de violência urbana, que vem assombrando a nós, pais de família”, completa o operador de máquinas Eudilei Nascimento.     Bandeiras manchadas de 'sangue'

Manifestantes mancharam com tinta vermelha 12 bandeiras do Brasil, simbolizando o sangue das crianças mortas. Os manifestantes exibiram cartazes com os nomes das vítimas do massacre e fizeram orações.

"A ideia surgiu na sexta-feira à noite, quando a presidente Dilma Rousseff falou sobre os 'brasileirinhos mortos'. É uma maneira de demonstrar nosso apoio aos pais das vítimas e fazer a sociedade civil e as autoridades públicas refletirem sobre o fato de como um homem perverso consegue encontrar tão facilmente arma e munição para destruir vidas humanas inocentes", disse Costa.        

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