Após ocupação, moradores do Alemão se queixam de falta de luz

Após ocupação, moradores do Alemão se queixam de falta de luz

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

Enquanto tentam voltar à rotina, um dia após a ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio, moradores ainda enfrentam a falta de energia elétrica. A situação estaria assim desde a manhã do último sábado (27), dia que antecedeu a megaoperação na comunidade.

“A situação está tranquila, por enquanto, mas o fornecimento de energia ainda não foi restabelecido até agora. E não temos nenhuma previsão de quando a luz vai voltar”, reclamou uma moradora que não quis se identificar.

Em nota, a Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia na região, informa que técnicos "continuam trabalhando para normalizar completamente o fornecimento de energia em algumas localidades do Complexo do Alemão, mas seguindo as orientações da Secretaria de Estado de Segurança".

A doméstica Maria Ester, de 57 anos, conta que a falta de luz não é o único problema enfrentado pelos moradores na manhã desta segunda-feira (29).

“A entrada da polícia na comunidade foi pacífica, quase ninguém reagiu. Só que eles estão desrespeitando os moradores. Estão arrebentando as portas quando não encontram ninguém nas casas. O povo tem medo de abrir a boca, esse é o mal do brasileiro. Mas temos que falar, reclamar e exigir dos nossos governantes”, declarou Maria Estér.

Volta à rotina

A manhã desta segunda foi de normalidade para parte dos moradores da favela, que ocuparam as ruas, pontos de ônibus e estabelecimentos comerciais no entorno do complexo. Foi o caso da dona de casa Edna Maria Gonçalves.

“Vou levar minha filha Beatriz, de 7 anos, para uma sessão de fonoaudiologia. Na semana passada, fiquei com medo e ela acabou faltando”, reconheceu Edna.

A doméstica Jussara Ferreira, de 46 anos, também aproveitou a tranquilidade na região para voltar ao trabalho. Ela compara a situação atual com os anos que diz ter vivido à mercê do medo.

“Antes da polícia chegar, a gente quase não saía. Era do trabalho pra casa e de casa para o trabalho. Agora penso em mudar essa rotina um pouco. Torço para que essa situação permaneça”, disse Jussara.    

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