Após um ano, polícia ainda não sabe quem matou sindicalista rodoviário

Após um ano, polícia ainda não sabe quem matou sindicalista rodoviário

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:36

O assassinato do tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, Paulo Colombiano, e de sua esposa, Catarina Galindo, completa um ano nesta quarta-feira (29). A motivação e a autoria do crime permanecem desconhecidas pela polícia.

Colombiano era o responsável financeiro do Sindicato, que possui mais de 14 mil associados, 80 diretores, 52 funcionários. A folha de arrecadação é estimada em R$ 5 milhões por ano, verba atingida apenas com as mensalidades dos sócios. Após os assassinatos, foram contratados seguranças e instalados câmeras para filmagem na sede da entidade.

O crime aconteceu na noite de 29 de julho de 2010. O casal voltava para a casa quando o carro em que estava foi atingido por tiros no bairro de Brotas, em Salvador. Os dois morreram na hora.

Manoel Machado assumiu o cargo de presidente do Sindicato dos Rodoviários em novembro de 2010 e afirma que a maior preocupação da classe é o mistério sobre o crime. “Eu não sei o que ocorreu, é essa a nossa preocupação. Tudo o que nós podíamos imaginar foi passado para a polícia”, diz.

Em novembro do ano passado, sindicalistas questionaram a linha de investigação adotada pela polícia. Para Gervásio Firmo, chefe jurídico da entidade, o objeto principal da investigação estava desvirtuado. “Estava muito centrado nas finanças do Sindicato. Ou seja, a polícia parecia convencida, em um primeiro momento, de que aquele fruto tinha sido originado de uma disputa interna daqui, coisa que nós tínhamos certeza que não era verdadeiro”, relata.

Quatro meses após o crime, uma grave acusação veio da Força Sindical, um dos braços políticos dos rodoviários. O candidato derrotado nas eleições do Sindicato, Mario Cleber de Menezes Costa, afirma que a vítima era alvo de ameaças. “Paulo sempre teve ameaçada sua vida física pelos dirigentes sindicais”.

O deputado estadual Jota Carlos (PT-BA) foi presidente do Sindicato dos Rodoviários por 16 anos e é secretário-geral licenciado. Para ele, as últimas eleições foram marcadas pelo descontentamento. “Muita gente não gostou que nosso agrupamento ganhou as eleições. Espero que a polícia descubra e caminhe nesse viés”, opina.          

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