Atendimento no Hospital Universitário de Brasília é prejudicado pela greve

Servidores técnico-administrativos da UnB estão

parados (Foto: Reprodução/TV Globo)

  O Hospital Universitário de Brasília (HUB) vai paralisar a marcação de consultas e procedimentos cirúrgicos, de acordo com a decana de gestão de pessoas da Universidade de Brasília (UnB), Gilca Starling. A decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira (8) durante reunião entre a direção do hospital e o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), que iniciou greve da categoria nesta terça-feira (7) . Segundo Gilca, pacientes com doenças graves e crônicas terão o atendimento mantido.

O coordenador geral do sindicato, Antônio Cesar de Oliveira Guedes, informou que o comando de greve vai se reunir na tarde desta quarta (8) para definir o percentual que será afetado pela greve em cada setor do HUB. “Amanhã o comando de greve vai discutir com os servidores do hospital as decisões e definir a participação deles na greve”, disse.

Nesta terça-feira (7), o comando de greve do Sindicato de Servidores da Universidade de Brasília (Sintfub) paralisou os serviços da biblioteca, do almoxarifado central, do restaurante universitário, da prefeitura do campus e da garagem. De acordo com Guedes, o percentual de 30% determinado pela lei será respeitado nas áreas definidas como essenciais, como alimentação de animais e plantas.     Guedes afirma que os vigilantes vão manter 50% do quadro de trabalhadores. “Eles fizeram uma reunião interna e decidiram manter metade do quadro. Eles se posicionaram dessa maneira por causa da proteção ao patrimônio. Nós avaliamos que é importante e vamos respeitar a decisão”, disse.

A paralisação dos servidores da UnB visa intensificar a participação na greve nacional deflagrada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra) iniciada na segunda (6).

Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste do piso salarial para três salários mínimos, a racionalização dos cargos, o reposicionamento dos aposentados que tiveram perda salarial e a abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. Uma assembleia está programada para a próxima terça-feira (14).

Em 2010, os servidores técnico-administrativos da UnB fizeram uma paralisação de 187 dias. De acordo com o sindicato, eles reivindicavam um benefício que representava 26,5% dos salários. Na época, uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou que todos os servidores do hospital voltassem a trabalhar.