Atropelador de filho de Cissa não responderá mais por homicídio doloso

Atropelador de filho de Cissa não responderá mais por homicídio doloso

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:11

Justiça entendeu que não houve a intenção de Rafael Bussamra de provocar a morte de alguém. Morte de Rafael Mascarenhas completou dois anos nesta sexta-feira

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu retirar a acusação de homicídio doloso (quando há intenção de matar) contra Rafael Bussamra, que atropelou e matou o músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães. O caso completou dois anos nesta sexta-feira (20).

Bussamra, por decisão da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, vai responder agora por homicídio culposo (quando não há intenção) e não irá a júri popular.

Segundo a decisão judicial, \"o condutor do veículo realizou a infeliz manobra movido pela bisonha intenção de exibição, não havendo prova mínima de que quisesse ou admitisse o resultado danoso. A prova dos autos não desenha a mínima intenção do motorista de provocar as lesões corporais e a morte de alguém, até porque a admissão de tais resultados colocaria o condutor como possível vítima de sua própria conduta, ou seja, um potencial suicida\".

Entenda o caso

Rafael Mascarenhas andava de skate no túnel Acústico, na Gávea (zona sul), que estava interditado para carros, quando foi atropelado. Ele chegou a ser levado ao Hospital Municipal Miguel Couto, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Uma testemunha disse à polícia que dois carros trafegavam em alta velocidade pelo túnel antes do acidente.

Em depoimento na época, Rafael Bussamra disse que não sabia da interdição no tráfego na hora do acidente.

A perícia feita pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil, no carro de Bussamra apontou que o automóvel estava a uma velocidade de aproximadamente 100 km/h quando atropelou o filho de Cissa Guimarães. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio), a velocidade máxima permitida no Túnel Acústico é de 70 km/h.

O pai de Rafael Bussamra, Roberto Bussamra, disse em depoimento, que pagou R$ 1 mil para dois PMs, que teriam pedido inicialmente R$10 mil, para que os militares não apreendessem o veículo. do filho.

Os dois PMs suspeitos foram expulsos da corporação.


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