Auxiliar afirma que Dilma ainda não escolheu ministro da Saúde

Auxiliar afirma que Dilma ainda não escolheu ministro da Saúde

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:05

O deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), um dos integrantes da equipe de transição de governo, disse na tarde desta quarta-feira (1) que a presidente eleita Dilma Rousseff ainda não escolheu o ministro da Saúde.

Nesta quarta, Dilma coordenou uma reunião no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do governo de transição, sobre a situação da saúde no Brasil. Também participaram cerca de 30 pessoas, entre técnicos na área e autoridades.

"A presidente eleita informou na reunião que não escolheu ainda aquele que será o encarregado da pasta da saúde (...). Ela foi muito clara quando disse que não escolheu o ministro", declarou Cardozo.

Nesta terça (30), o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), disse que o secretário da Saúde do estado, Sérgio Côrtes, foi convidado e aceitou assumir a pasta. Cabral chegou até a informar o nome do substituto de Côrtes na secretaria.

Cardozo, no entanto, afirmou que "nenhuma pessoa está confirmada ou descartada". O deputado afirmou ainda que Dilma vai indicar alguém que esteja "à altura" do atual ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

"Ela vai escolher alguém que tenha extrema capacitação para o desempenho da função, inclusive honrando antecessores que estavam ali presentes como o caso do ex-ministro Adib Jatene e do atual ministro,  [José Gomes] Temporão", disse.

Procurado nesta quarta, o governador informou, por intermédio da assessoria, que não irá se manifestar sobre o assunto.

Cardozo disse que a ação mais urgente de Dilma na área da saúde será melhorar a gestão de recursos do setor. Ele afirmou que, posteriormente, a presidente eleita pretende estudar formas alternativas de financiamento da saúde, o que necessariamente não significa, segundo ele, aumento de tributos ou recriação da CPMF.

"A presidente eleita fez duas observações importantes. A primeira é que há uma situação de subfinanciamento da saúde. Mas que também há de subgestão da saúde. E que, portanto, no primeiro período de seu governo ela acha imprescindível dedicar-se à questão da gestão da saúde, sem prejuízo de, no futuro, discutir fontes de financiamento, que não precisam passar, necessariamente, pela elevação de tributos, nem criação de tributos", afirmou.

PMDB

Nesta tarde a bancada do PMDB se reuniu na Câmara depois de o vice-presidente eleito e presidente do partido, Michel Temer, ter dito que Côrtes seria da cota pessoal de Dilma. Após a notícia de que não se confirmou a indicação do secretário para o ministério, Rocha Loures, um dos vice-líderes do PMDB na Casa, comentou a situação.

"Foi a volta dos que nunca foram. Não é uma questão pessoal, nem de apoio ou rejeição a este nome, mas é uma questão de processo. Nós não estamos montando uma chapa para diretório de centro acadêmico, isso é o governo do país. Ela [Dilma)]escolhe quem quiser, mas o PMDB só vai reconhecer como cota do partido quem for indicado pelo presidente Michel Temer", afirmou o deputado.

Crítica

Cardozo também criticou a postura de integrantes da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT de distribuir nesta quarta nota na qual defendem a importância de instalar um "quadro político do PT" no comando do Ministério do Meio Ambiente.

Durante cerimônia na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto instituindo o Macrozoneamento Econômico-Ecológico da Amazônia Legal (MacroZEE), os petistas protestaram, sem citar nomes, contra a notícia de que a atual ministra do meio-ambiente, Izabella Teixeira, permanecerá no cargo no futuro governo. A ministra possui perfil tecnico e não pertence a quadros partidários.

“É absolutamente ilegítimo que qualquer órgão partidário, não só do PT, mas de qualquer outro partido se manifeste, como também é absolutamente legítimo afirmar que quem vai escolher o nome dos ministros é a presidente eleita”, disse Cardozo, que destacou que ainda não há definição sobre nomes no Ministério do Meio Ambiente.

Nesta terça (30), Lula deu a entender, durante discurso na inauguração de uma hidrelétrica no Maranhão, que Teixeira fará parte do governo Dilma. "A gente vai preservar o meio ambiente e produzir muito mais. E a Izabella será a companheira, a parceira disso“, disse.

Por: Nathalia Passarinho

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