Backstreet Boys relembram os quase 20 anos de carreira em São Paulo

Backstreet Boys relembram os quase 20 anos de carreira em São Paulo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:54

Os gritos são muitos e são histéricos, de fazer doerem os ouvidos mais sensíveis. As faixinhas de cabeça com o nome da boyband são compradas aos montes na porta da casa de shows.

O grito é um só: um ritmado “Back-street-boys – Back-street-boys”, muito conhecido pelas fãs dos cantores Brian Littrell, A.J. McLean, Howie Dorough e Nick Carter.

Acredite, internauta. A cena descrita acima não saiu de um clipe dos anos 90. Aconteceu na noite deste sábado (26), pouco antes dos Backstreet Boys entrarem no palco do Credicard Hall, em São Paulo, para fazerem o show de encerramento de sua passagem pelo Brasil.

Ainda faltavam 20 minutos para as 22h, horário previsto para a apresentação começar, e as garotas – que, em esmagadora maioria, aparentavam já ter deixado a adolescência há algum tempo – chamavam por seus ídolos. Qualquer mexidinha na cortina que cobria o cenário já era motivo para lágrimas e... Gritos estridentes, claro.

A turnê que passou pelo Brasil, a This is Us, comemora a carreira dos Backstreet Boys, que já tem quase 20 anos. O público, como dito, acompanha a ideia: as mulheres – e os pouquíssimos homens – que estavam ali parecem ser as mesmas que curtiam os boys há mais de dez anos atrás.

A ideia é de que esses shows especiais sejam apresentados como um longa-metragem sobre a história dos BSB. E é em um filminho que o espetáculo começa: um telão que toma grande parte do palco mostra os cantores se aproximando e se aproximando, até que eles saem de dentro da tela, ao som de Everybody – também conhecida como Backstreet’s Back.

Quatorze anos após o sucesso do hit, os cantores ainda dançam em cena, em coreografias mais discretas do que as originais. As caras e bocas sedutoras, por outro lado, continuam as mesmas – especialmente para Nick e A.J.

Tanta interpretação parece um pouco engraçada para quem observa a cena de fora – afinal, são dois homens de 31 e 33 anos, respectivamente, encarnando “bad boys” em cima de um palco. Mas elas, as fãs, não parecem notar ou se incomodar. Ao contrário, a cada pose que os ídolos fazem, mais juras de amor elas soltam... entre lágrimas, como não poderia deixar de ser.

O quarteto é muito talentoso. Muito. A voz dos cantores é verdadeiramente linda. E isso fica mais claro nos momentos em que eles deixam as engomadíssimas coreografias de lado e cantam somente.

Foi o caso da apresentação das românticas As Long as You Love Me, I Want it that Way, All I Have to Give e Show me the Meaning.

Mas as fãs não devem ter se importado muito com isso – o talento dos meninos. Eram poucas as que estavam ali para ouvir. Elas queriam era cantar para eles, aparecer para eles. Em uma espécie de show ao contrário, em que a performance parte do público.

Se notaram tanto amor, os Backstreet Boys não deixaram transparecer muita coisa. Até mesmo as poucas falas com o público pareciam ensaiadas, tão exaustivamente treinadas quanto às coreografias.

Mas há que se dizer que o ensaio deu certo, ao menos para as músicas. Os maiores sucessos da boyband foram todos executados com perfeição: We’ve Got it Going On, Quit Playing Games, I’ll Never Break Your Heart, The Call, More Than That, Shape of my Heart, entre outras. Em voz… e em dança também.

Ao longo do show, pequenos vídeos são apresentados com cenas clássicas de filmes. No lugar dos atores principais, os BSB assumem os papéis de protagonistas – o que é surpreendente e arranca risadas do público.

No primeiro vídeo, Howie D. apareceu ao lado de Vin Diesel em Velozes e Furiosos. Em seguida, A.J. assumiu o lugar de Brad Pitt em Clube da Luta. Nick trocou de posição com Keanu Reeves em Matrix. Brian – o nome mais gritado pelas garotas – virou o príncipe de Encantada.

E o papel de príncipe encantado vem bem a calhar. Os Backstreet Boys são bons moços em cena. Dançam na hora certa, acenam no momento combinado. Suas músicas são basicamente promessas de amor eterno. Na pista, as candidatas a Cinderella trocam o sapatinho pela empolgação, na busca de ser encontrada por seu ídolo.

Mas é também como um filme que o show termina. Depois de cinco trocas de figurino e muito saudosismo em quase duas horas de espetáculo, os cantores voltam para dentro do telão de onde saíram – sem eleger, é claro, princesa alguma.

As meninas se recompõem e dão risada de tudo que acabaram de fazer e assistir. Se elas voltam para casa ouvindo às músicas de seus tão sonhados amores?

Mariana Moraes, paulistana de 24 anos, diz que sim, mas só por mais essa noite.

- Agora eu fiquei com vontade de ouvir de novo! Vou ouvir, sim. Mas acho que só até passar a empolgação do show, né? A verdade é que eu não ouço Backstreet Boys desde a última vez que eles vieram para o Brasil [2009]. Estar aqui é como voltar uns anos. Se o show é para ser um grande filme, agora eu vou sair do cinema. Já gritei, pulei, agora vou voltar pra vida.

Fernanda Amorim, de 25 anos, concorda com a amiga.

- Se meu namorado sabe que eu gritei desse jeito aqui ele me mata! Agora é isso, eles [os BSB] voltam para o telão deles lá e eu volto para a minha vida real.

Com jeitão de “túnel do tempo”, a turnê This is Us passou por Recife, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. No dia 3 de março os Backstreet Boys se apresentam em Santiago, no Chile.

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