Boatos na internet geram falsa cartilha do trânsito em SP

Boatos na internet geram falsa cartilha do trânsito em SP

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:47

A criação de leis cuja eficácia está suspensa por determinação judicial e a transmissão de boatos via 'spam' alimentam dúvidas entre os motoristas que frequentam o trânsito paulistano, de 7 milhões de veículos.

A fotógrafa Cláudia Takara, de 26 anos, acreditava até recentemente que está  em vigor em São Paulo a lei 13.819, de 2009, que obriga os estacionamentos de shopping centers a garantir a gratuidade para clientes que tiverem consumido no centro de compras o equivalente a dez vezes o valor do tíquete. Ela testou a eficácia da lei em um shopping de São Paulo e ficou decepcionada.

"Peguei o meu cartão de estacionamento juntamente com a minha notinha de compras no valor acima de R$ 200 e levei ao guichê. A atendente pegou e achou que dei o comprovante por engano e me devolveu. Questionei dizendo que seria isenta do estacionamento. Ela não esboçou reação alguma e disse que teria que pagar o valor de R$ 8 (valor cobrado por duração de 4 horas). Paguei, mas não me lembro se a lei vale", afirmou.

O G1 consultou a Associação Brasileira de Shoppings Centers, que contesta a lei 13.819 na Justiça por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin). A entidade conseguiu uma liminar em dezembro de 2009 suspendendo sua eficácia até o final do processo.

Entregador de um açougue no Itaim Bibi, na Zona Oeste de São Paulo, Rafael da Silva pedalava pela calçada na contramão da Avenida Luís Carlos Berrini. Nascido em Divinópolis, em Minas Gerais, ele acredita que o trânsito de São Paulo, 'além de maluco' acumula muitos segredos, como por exemplo, câmeras escondidas em guard-rails ou defensas para flagrar motoristas. A CET afirma que isso não existe.

  O motorista de um carro com placa final nove que quebrou em pleno trânsito de final de sexta-feira (8), a poucos minutos da entrada em vigor do rodízio municipal de veículos conseguiu ajuda de policiais para retirar o veículo da via e escapou da punição.

Ele conversou com a reportagem do G1 , mas não quis gravar entrevista. Para o condutor e os policiais envolvidos, situações como a quebra do veículo em plena via ou o socorro a alguém doente podem livrar o motorista da multa de rodízio. Para a CET, porém, isso só é possível se o motorista eventualmente multado recorrer e explicar a situação.

Também existe a crença entre paulistanos de que passar no semáforo vermelho durante a madrugada é perdoável em lugares inóspitos, onde o motorista pode ficar vulnerável  à ação de criminosos. Segundo a CET, essa possibilidade não existe.        

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