Uma operação da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), iniciada nesta quinta-feira (17), faz apreensões de bois piratas no Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste do Rio. Segundo o secretário Carlos Minc, além de ocupar encostas de uma área preservada, os gados que pastam ilegalmente no local estão provocando dano ambiental ao destruir e comer mudas de Mata Atlântica de programas de reflorestamento na região.
Segundo Minc, até as 11h50 desta quinta, 90 animais foram apreendidos, contando, além de bois, também porcos e cavalos. A meta é até fim do mês tirar todo o gado da Pedra Branca. Acabou a moleza, gado no lugar do gado, árvore no lugar de árvore, resumiu o secretário.
Os proprietrários dos gados apreendidos durante a operação terão cinco dias para recuperar o animal, que foi levado para um curral que possui convêncio com o governo do estado. Caso não apareçam dentro desse período, os animais serão leiloados.
A ação conta com um helicóptero, balas de paintball (para marcar o boi), motocicletas e cavalos. O cerco aos bois piratas é coordenado pelo secretário estadual do ambiente e pelo chefe Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais da SEA (Cicca), José Maurício Padrone, além de contar com a participação de pelo menos 60 homens, entre fiscais, policiais militares, guarda-parques e operários. Além do cerco e apreensão de dezenas de animais, eles pretendem demolir currais e chiqueiros irregulares. Quem destruía agora vai reflorestar
De acordo com Minc, os proprietários e criadores irregulares foram notificados há trinta dias e foi oferecido um serviço da prefeitura para que os animais fossem transportados. Alguns deles concordaram em vender os gados para terceiros e encerrar as atividades pecuárias na área do parque. Minc explicou que a Secretaria montou um apoio especial para os criadores que aceitaram se enquadrar na legislação ambiental e, como alternativa de renda, esses proprietários serão empregados em programas de reflorestamento no parque.
O interessante é que proprietários e criadores ilegais, que antes se recusavam a negociar, quando viram que era pra valer, já começaram a procurar a direção do parque. (...) Eles que cuidavam do gado que destruía, agora vão receber pra reflorestar, disse o secretário, alegando que cinco criadores já aceitaram o novo emprego.
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