Bombeiros reforçam que só recuarão quando presos forem libertados

Bombeiros reforçam que só recuarão quando presos forem libertados

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:39

Defensor público, bombeiros e familiares discutem

crise na corporação (Foto: Aluizio Freire / G1)

  Bombeiros e representantes dos familiares dos 439 presos afirmaram, durante uma coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (9), que o movimento não vai recuar enquanto os militares detidos não forem libertados e anistiados de qualquer processo na Justiça.

Para eles, não importa nem mesmo que o governador Sérgio Cabral aumente o salário da categoria para R$ 5 mil, se o grupo não estiver em liberdade.

“Essa é a nossa prioridade maior. Não vamos abandonar o acampamento nas escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) e nem as manifestações pelo estado. Queremos nossos companheiros em liberdade”, disse o capitão Lauro Boto.

Na noite de quarta-feira (8), representantes da Frente Unificada das Entidades de Classe de Segurança Pública, depois de uma reunião com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, afirmaram que iriam propor piso de R$ 2,9 mil para bombeiros e policiais militares.

Os integrantes do movimento disseram que não estavam representados nessa reunião, mas admitiram que a proposta pode ser bem-vinda, já que é maior do que pediam no início das manifestações – R$ 2 mil mais vale transporte e melhorias das condições de trabalho.

Mulheres se unem

A mulher do cabo Benevenuto Daciolo, que está preso e é dos principais porta-vozes do movimento, Cristiane Daciolo, disse que outras mulheres estão se organizando para visitar os maridos e sustentar os protestos nas ruas. “No domingo vamos estar numa caminhada pela Praia de Copacabana em apoio aos nossos heróis”, afirmou.

O defensor público Luís Felipe, que representa todos os bombeiros presos, disse que apenas na manhã desta quinta-feira teve acesso aos autos de prisão em flagrante dos militares, após acusação de motim pela ocupação do quarte central, e também à íntegra da decisão da juíza que decidiu pela permanência das prisões .

Ele pretende analisar os documentos e entrar com um novo recurso de habeas corpus para libertar os presos.

Apoio de estudantes

No quinto dia consecutivo de manifestações nas escadarias da Assembleia Legislativa (Alerj), no Centro do Rio, os bombeiros que protestam contra a prisão de colegas receberam, na manhã desta quinta o apoio de alunos do Colégio estadual Souza Aguiar, que estão sem aulas devido à greve dos professores .

O sargento Gilsinei pediu aos jovens que usassem as redes sociais para divulgar o movimento. Os militares esperam receber ainda nesta quinta-feira, na Alerj, a presença de professores. Um apitaço de taxistas também está previsto para acontecer no local.

Negado relaxamento de prisão

Para a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio, que negou o relaxamento da prisão de 431 bombeiros , não houve  nulidade no auto de prisão em flagrante. Ela considerou que o  pedido de relaxamento de prisão valeria para apenas 431 militares presos listados no auto em flagrante, e não para os 439 detidos, conforme pedira na terça-feira (7) a Defensoria Pública estadual .  O Ministério Público do Rio (MP-RJ) deu parecer favorável, na noite de quarta-feira, à manutenção da prisão dos bombeiros presos.      

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