Candidatos focam em saúde para atacar Cabral

Candidatos focam em saúde para atacar Cabral

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:13

Em quase duas horas de debate na TV Record, no Rio de Janeiro, os candidatos que disputam o governo do Estado até tentaram apresentar propostas de suas campanhas na noite desta segunda-feira (20). Mas, diante da liderança do governador Sérgio Cabral (PMDB) nas pesquisas, Fernando Gabeira (PV), Fernando Peregrino (PR) e Jefferson Moura (PSOL) concentraram as críticas no candidato à reeleição, que revidou. 

A gestão de saúde no governo do peemedebista foi o assunto mais debatido. Cabral foi questionado sobre denúncias de superfaturamento na compra de remédios pela Secretaria Estadual de Saúde e nos contratos para a manutenção de ambulâncias no Estado. A morte do adolescente Fábio do Nascimento, 14, por falta de um aparelho de oxigênio também foi citada pelos candidatos, assim como os gastos com propaganda do governo.

Gabeira afirmou que Cabral “gosta mais de propaganda do que de UPA ( Unidades de Pronto Antendimento inauguradas na gestão do governador )”. Segundo o verde, os R$ 430 milhões destinados ao governo para propaganda permitia "construir 46 UPAs, mais do que as 43 que o governador inaugurou”.

Fernando Peregrino também forçou Cabral a responder sobre o tema. "O senhor gastou R$ 0,5 bilhão em propaganda, foi acusado de superfaturamento de R$ 81 milhões mas deixou o menino Fábio morrer por um aparelho de oxigênio de R$ 520". Em resposta, Cabral disse que os gastos em propaganda de seu governo equivalem a 0,5% do orçamento do Estado, menos, segundo ele, do que gastaram seus antecessores Anthony e Rosinha Garotinho.

“No governo anterior, o secretário de saúde ( Gilson Peregrino ) foi preso”, disse o governador, dirigindo-se a Peregrino, que é apoiado pelo casal Garotinho. "No governo anterior, 46% das compras eram feitas sem licitação. No meu governo isso caiu para 4%. É um pouco demais você vir com essa pergunta", disse Cabral. 

Peregrino chamou o peemedebista de ingrato e afirmou que Cabral não só contou com o apoio da família Garotinho para se eleger, como também aprovou as contas dos ex-governadores quando foi presidente da Assembleia Legislativa do Rio.

“O senhor fala que o secretário anterior foi preso. Talvez não tenha havido tempo para prender o seu. Não se apura as coisas no atual governo. O senhor gasta R$ 144 mil pelo aluguel de três meses de um carro da polícia. Com as ambulâncias, a mesma coisa”, rebateu Peregrino.

Cabral e Gabeira chegaram ainda a discutir sobre o tema. “Onde estão suas explicações sobre as fraudes na saúde?”, cobrou verde. Cabral afirmou que houve avanços na gestão e que seu governo não tem problema com transparência. Indignado, o deputado insistiu. “O senhor continua sem responder minha questão. Quando, onde e como o senhor se manifestou sobre a fraude?”, quis saber. “Nós abrimos inquérito, Gabeira, nós estamos enfrentando isso com muita transparência”, disse Cabral.

Gabeira, então, desafiou o governador a divulgar a conclusão de inquérito administrativo sobre as denúncias de superfaturamento na compra de medicamentos antes do primeiro turno, e Cabral reagiu. "Meu governo abriu inquérito antes da matéria ( da TV Globo ) ir ao ar. Agora, o senhor vai falar de saúde?", indagou o governador. "Seu governo sofreu intervenção na época do Cesar Maia. O PV participou do governo Cesar Maia, que faliu a saúde. Assuma isso". 

Jefferson Moura (PSOL) denunciou no debate a distribuição de um cartão intitulado "Votocard", que teria sido entregue na casa de sua sogra. Em formato de cartão de crédito, a propaganda pedia votos para candidatos do PMDB, inclusive, Cabral. O governador afirmou desconhecer o "santinho".

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