Três cariocas que vivem em diferentes regiões do Rio e tiveram dengue recentemente relataram ao G1 como descobriram e enfrentaram a doença. O contador Eldo Menezes, 48 anos, morador de Jacarepaguá, na Zona Oeste, começou a sentir os sintomas em 8 de março. Ele contou que procurou um hospital após ter febre e coceira, mas, como suas plaquetas estavam normais, o caso foi diagnosticado como sinusite. Com o agravamento dos sintomas, Menezes passou mal e desmaiou. Ao consultar novamente um médico, a doença foi constatada.
Segundo o contador, a ação da Secretaria Municipal de Saúde foi rápida e os agentes vistoriaram sua casa três dias após a confirmação da doença, mas ele se queixa que as casas vizinhas não passaram pela mesma vistoria. Eles foram muito focados onde houve a contaminação, ignorando as demais, o que pode ser um problema, afirmou. A fonoaudióloga Maria Adelaide Carvalho, 52 anos, foi mais uma vítima do mosquito Aedes aegypt . A moradora de Laranjeiras, na Zona Sul, acredita que tenha contraído o vírus em sua residência ou no trabalho, no Largo do Machado, no período do carnaval. Adelaide contou que, como teve dengue há três anos, achou os sintomas muito parecidos e ficou preocupada. Eu já tive antes, então o fato de poder ser uma dengue hemorrágica é preocupante, disse.
Adelaide afirmou que, ao procurar um posto de saúde, fez diversos exames e foi constatada uma infecção viral. Após 48 horas da medicação, ainda se sentindo muito mal, ela voltou ao posto e refez os exames, que acusaram dengue. De acordo com a fonoaudióloga, os sintomas mais característicos da doença foram febre alta e dor na testa.
O músico e publicitário Rafael Prista, 56 anos, também contraiu o vírus durante o mês de março. Morador do Centro, no bairro do Estácio, ele percebeu uma maior quantidade de mosquitos em sua casa algumas semanas antes de sentir os primeiros sintomas. Para o músico, um terreno malcuidado atrás da sua residência pode ter sido o foco transmissor da doença.
Rafael apresentou diversos sintomas da dengue, como cansaço, febre, diarreia, coceira, placas vermelhas no corpo e dor nos olhos. O músico procurou um hospital e realizou exames que detectaram a queda das plaquetas. Com o diagnóstico de dengue branda, ele ficou alguns dias sem trabalhar. Dengue tira a vontade de fazer qualquer coisa. Passei uma semana vendo televisão, tomando água e me alimentando, contou.
Outro lado
Segundo a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSC), equipes vistoriam rotineiramente imóveis na região do condomínio onde vive o contador Eldo Menezes. Eles informaram ainda que, na ocasião reclamada, apenas um imóvel foi vistoriado para atender solicitação do morador e que uma equipe já esteve no local inspecionando os outros.
A secretaria já registrou 16.706 casos de dengue em 2011. Os números divulgados na quarta-feira (6) contabilizaram que, só em março, foram notificados 9.529 casos.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições