A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) fez uma pesquisa para analisar o quanto os condutores respeitam os pedestres nas ruas de São Paulo. Entretanto, flagrantes mostram que até os agentes da companhia esquecem que a preferência é de quem está a pé. Nesta segunda-feira (9), um carro da CET ignorou a faixa de pedestres mais de uma vez na Sé, no Centro.
A pesquisa também tentou identificar quantos condutores indicam com antecedência a intenção de fazer a conversão, acionando a seta. Em uma amostra de 12.328 veículos, 68,3% dos motoristas deram seta, ante 31,7% que não sinalizaram o caminho. Segundo os motoristas entrevistados, alguns motivos que levam a não sinalização do caminho são: estar perto de casa (21%); distração (18%); local não ter grande movimento (18%); noite ou madrugada (11%); ou por pressa (6%).
O estudo foi feito entre os dias 14 de fevereiro e 15 de abril, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30. Os locais escolhidos ficam no centro expandido e na região da Avenida Paulista:
- Rua Francisca Miquelina X Rua Dona Maria Paula
- Rua Riachuelo X Rua Quintino Bocaiúva
- Rua Haddock Lobo X Rua Luís Coelho
- Rua Álvaro de Carvalho X Rua João Adolfo X Alfredo Gagliotti
- Rua da Consolação X Rua Maria Antonia X Rua Caio Prado X Rua C. Mota Jr.
- Avenida Paulista X Rua Augusta
- Avenida Rio Branco X Rua Aurora
- Avenida Vergueiro X Rua Pedroso, Rua Siqueira Campos e Rua Parapitingui
O objetivo da pesquisa é avaliar o comportamento de motoristas e pedestres no que diz respeito à prioridade de passagem de quem está a pé nas faixas de travessia e também quanto ao hábito dos condutores de usarem a seta.
O respeito à faixa de pedestres por parte dos motoristas ainda é muito pequeno. Em uma amostra de 675 veículos, apenas 70 dos condutores (10,4%) respeitaram as regras de prioridade do pedestre, enquanto que 89,6% não. O curioso é que 76,8% dos motoristas entrevistados alegaram respeitar o direito do transeunte.
As justificativas dos condutores para não respeitarem a prioridade de travessia do pedestre são as mais variadas como: buzina, veículos "colados" na traseira, situações de emergências (ambulâncias, viaturas policiais), período noturno, etc. Outros motivos para não dar prioridade para o pedestre na faixa são: semáforo aberto, emergência, vias de fluxo rápido de veículos e à noite.
Os pedestres são as principais vítimas de acidentes de trânsito na cidade. Em 2010, 630 pessoas morreram atropeladas. O número de vítimas de acidentes que estavam em carros, motos ou caminhões é bem menor.
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