Um celular deixado no local onde o ex-cabo eleitoral Marcelo Siqueira Lopes, o Marcelo Agulha, foi morto no dia 21 de junho de 2010, no Rio, levou a polícia a identificar o vereador Fausto Loureiro Alves (PTB) como mandante do crime. A informação foi confirmada pelo delegado Celso Ribeiro, da Divisão de Homicídios.
Ainda segundo ele, o aparelho pertencia a um suspeito que foi preso no dia 25 de agosto do ano passado.
A vítima foi assassinada na Rua Irué, em Bento Ribeiro, no subúrbio.
Ainda segundo o delegado, com o suspeito foi encontrada uma carteira que lhe dava trânsito livre na Câmara de Vereadores do Rio. Chegamos ao vereador rastreando ligações deste aparelho celular, com depoimento de testemunhas e através de provas técnicas, afirmou Celso Ribeiro.
No dia do crime, o suspeito estava no banco do carona e outro homem, também envolvido no crime, segundo a polícia, dirigia o veículo. O mandado de prisão do outro suspeito está sendo providenciado, informou a polícia.
Versão do advogado
Na tarde desta terça-feira (4), o advogado do parlamentar, Sidnei Costa, compareceu à Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Costa negou o envolvimento do vereador e dos outros dois suspeitos no assassinado do ex-cabo eleitoral.
Sidney explicou que deve assumir também a defesa dos dois. Os três estavam na casa do vereador, a 200 metros do local, na hora do crime. Quem está acusando o parlamentar e seus dois assessores são três pessoas demitidas por ele um pouco antes do crime, afirmou o advogado.
O advogado disse ainda que o celular não foi encontrado no local do crime, como aponta a investigação policial. Vamos provar que o aparelho não estava lá, disse. Costa informou também que seu cliente continua no Nordeste. "Não estou conseguindo contato com ele, mas assim que conseguir, ele vai se apresentar à polícia do Rio", explicou.
Considerado foragido
Fausto Loureiro Alves vai responder por homicídio qualificado, podendo pegar de 12 a 30 anos de prisão. Já os outros dois suspeitos vão responder por homicídio duplamente qualificado.
O delegado Celso Ribeiro explicou que o vereador é considerado foragido após diversas buscas feitas pela Divisão de Homicídios em Bento Ribeiro na tarde de segunda-feira (3). O parlamentar teve a prisão decretada pelo 3º Tribunal do Júri do Rio.
A prisão foi decretada no dia 17 de dezembro. O vereador não teria comparecido na segunda à votação da Mesa Diretora da Câmara Municipal.
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