O cartunista Jean Galvão, da Folha, disse que a charge usada em uma prova de história aplicada a alunos do ensino médio da rede pública de Minas Gerais é de sua autoria --e não uma adulteração, como ele mesmo havia afirmado antes.
A ilustração foi usada em uma questão cuja resposta certa, pelo gabarito, associa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à corrupção, o que irritou a oposição ao governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB).
A partir da primeira declaração do cartunista, segundo a qual a charge fora modificada, a Folha informou incorretamente na edição de sexta que a prova exibiu uma ilustração adulterada.
O cartunista explicou que a imagem é um rascunho que ele fez, mas não chegou a enviar ao jornal. Jean criticou o uso da imagem na prova aplicada aos alunos de Minas.
Na charge publicada pela Folha em novembro de 2007, o título é "CPMF", e Lula dá "favores" e "cargos" a políticos. Na versão reproduzida na prova de Minas, o título é "Operação Abafa", e Lula distribui dinheiro.
O cartunista disse que se confundiu porque não viu o rascunho e não se lembrou da imagem. "Nem era uma charge finalizada", disse.
Para ser usado na prova, o rascunho foi tirado do blog pessoal do cartunista Benett, também da Folha, que publicou a imagem em 2005.
Jean e Benett reclamaram do uso da imagem no teste.
"Pegaram do blog sem autorização e tiraram do contexto", afirmou Jean. Segundo o chargista, não há no rascunho referência ao mensalão, como afirma a prova.
A Secretaria de Educação de Minas Gerais informou que "resguarda" os nomes dos dois professores responsáveis pela elaboração das questões criticadas.
A secretaria argumentou que tomou para si a responsabilidade pelas perguntas, que foram classificadas de "inadequadas".
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