Cintia Kelly, especial para o iG, em Salvador
Movimento em alguns pontos turísticos começa a aumentar, mas visitantes ainda estão receosos com pouco patrulhamento
No décimo segundo dia de greve da PM baiana, os soteropolitanos retomam, aos poucos, sua rotina. Os shoppings, bares e restaurantes já voltaram a ser frequentados. O número de pessoas ainda é reduzido, mas nota-se que, começa a aumentar o movimento às vésperas do carnaval.
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Na sexta-feira (9), à noite, o bairro mais boêmio de Salvador ensaiava voltar ao normal. Os bares, pizzarias e o Largo de Santana, onde fica a banca de um dos mais famosos acarajés da Bahia, o de Dinha, estiva cheio. Ainda assim, a vendedora Cláudia de Assis vai ter que botar a mão na massa para recuperar o prejuízo. “O movimento caiu até 60%”, afirmou. Segundo ela, são vendidos por dia 600 quitutes, com a greve esse número caiu para menos da metade.
Ao contrário do que disse o comandante geral da PM, coronel Alfredo Castro, o efetivo ainda não voltou ao trabalho. O IG percorreu alguns bairros e avenidas e constatou que o policiamento está bastante reduzido. Na orla, por exemplo, nada de viaturas. Da Pituba, passando por Amaralina e Rio Vermelho sequer há tropas do Exército. Alguns policiais são vistos na Barra, mais especificamente próximos ao Farol, um dos mais famosos cartões postais de Salvador.
No centro histórico, os turistas se arriscam a passear, mas apenas uma viatura foi flagrada pelo IG. A servidora pública de Minas Gerais, Analice Soares Dantas, 34 anos, disse estar apreensiva, mas optou por se arriscar para “curtir” os encantos de Salvador. “Essa é a segunda vez que venho para cá. Adoro a beleza de Salvador, do Pelourinho... Tenho medo (por causa da greve), claro, mas só vou ficar aqui até terça, então, tenho que curtir tudo”, assinalou.
No Campo Grande, o mais tradicional circuito do carnaval, onde desfilam os principais blocos, nenhuma viatura foi vista. Nos bairros da periferia também não há policiamento, a exemplo de Pernambués, ou nas principiais avenidas como Vasco da Gama, Ogunjá e no Bonocô.
Os grevistas realizam ainda hoje uma nova assembléia, no sindicato dos bancários, no centro da capital baiana. Eles vai definir os rumos do movimento: se continuam ou se acabam com a greve. Desde ontem, ponto dos faltosos estão sendo cortados.
Tropas federais na Bahia
Militares do Exército fazem ronda no Terreiro de Jesus, no Centro Histórico de Salvador, neste sábado, 12º dia da greve da Polícia Militar da Bahia
Foto: AE
PMs grevistas na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador. Casa ficou ocupada até quinta-feira
Foto: AE
Tanques, helicópteros e até cães foram utilizados nos entornos da Assembleia nesta segunda-feira
Foto: AE
Familiares dos PMs grevistas também ocuparam a Assembleia durante a paralisação
Foto: AE
Quarenta homens do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal foram convocados para participar do cerco
Foto: AE
Clima foi tenso no local entre as tropas federais e os grevistas
Foto: AE
Manifestantes que apoiam os PMs em greve entram em confronto com as tropas federais
Foto: AE
Grevistas deixaram a Assembleia, mas ainda estão com a greve declarada
Foto: AE
Exército e Força Nacional reforçam a segurança na capital baiana
Foto: Arestides Baptista / A Tarde / Futura Press
Após pedido do governo do Estado, Exército tenta conter a onda de violência nas ruas de Salvador
Foto: AE
Soldados fazem patrulhamento na av. Manoel Dias, em Pituba, em Salvador
Foto: AE
Agentes da Força Nacional na chegada a Salvador
Foto: AE
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