Cerca de 130 pessoas acompanharam cremação
de Jordana Cavendish (Foto: Lílian Quaino/G1)
Cerca de 130 pessoas acompanharam, na manhã desta quarta-feira (22), no Crematório do Caju, no Rio, a cerimônia de cremação do corpo de Jordana Kfuri Cavendish, uma das sete vítimas da queda de um helicóptero na sexta-feira (17), em Trancoso, no sul da Bahia.
Estiveram presentes o governador do Rio, Sérgio Cabral, seu vice, Luiz Fernando Pezão, e também o vocalista da banda Biquíni Cavadão, Bruno Gouveia, que perdeu o filho de dois anos no acidente . O viúvo de Jordana, Fernando Cavendish, estava muito emocionado e não quis falar com a imprensa.
As cinzas serão colocadas em uma urna e ficarão guardadas no mausoléu da família.
Cabral esteve na cerimônia (Foto: Lílian Quaino/G1)
O corpo do piloto e empresário Marcelo Mattoso Almeida, outra vítima do acidente, deve ser cremado nesta tarde. A aeronave levava sete pessoas que tinham deixado o Rio para passar o fim de semana em um resort. Cinco corpos já foram enterrados.
Vítimas
Entre as vítimas do acidente está a estudante Mariana Noleto, de 20 anos. A jovem era namorada de Marco Antônio, filho de Sérgio Cabral. Também morreram o menino Luca, filho de Jordana, a irmã dela, Fernanda Kfuri, de 35 anos, o sobrinho, Gabriel Kfuri Gouveia, de 2 anos, e a babá das crianças, Norma Assunção, de 49 anos.
Aniversário
O motivo da viagem era a festa de aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish. O governador Sergio Cabral e o filho Marco Antonio também participavam da viagem. Eles haviam deixado o Rio na tarde de sexta. Ao chegar a Porto Seguro, na Bahia, o grupo iria embarcar em um helicóptero até Trancoso. A aeronave, que não tinha capacidade para levar todos, tinha previsão de fazer duas viagens. Na primeira foram as mulheres e crianças do grupo. Foi quando o helicóptero, com sete pessoas, caiu.
Piloto estava irregular
O empresário que pilotava o helicóptero estava com as habilitações para pilotar helicópteros vencidas, de acordo com Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ele usou a matrícula do piloto Felipe Calvino Gomes para ter sua decolagem liberada no aeroporto de Porto Seguro.
Gomes disse que voou algumas vezes com o helicóptero Esquilo, de prefixo PR-OMO, que caiu em Porto Seguro. Ele afirmou que foi contratado por Almeida na semana passada e disse estar surpreso por ter seu nome usado pelo empresário. O helicóptero era novo, de 2008, e estava em perfeitas condições, com toda a manutenção em dia. Com certeza, ele se desorientou com o mar, pois tinha pouca visibilidade, perdeu referência com a água e o céu e caiu, opina Gomes.
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