CPI da Corrupção na Câmara do DF adia mais uma vez eleição de novo presidente

CPI da Corrupção na Câmara do DF adia mais uma vez eleição de novo presidente

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

O vice-presidente da CPI da Corrupção na Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Batista das Cooperativas (PRP) [foto], cancelou pelo segundo dia consecutivo a eleição do novo presidente da comissão. A expectativa é que a escolha do novo ocupante do cargo ocorra na próxima quinta-feira, deixando a CPI mais uma semana sem atividade.

Líder do governo na Câmara local, Batista afirmou que o novo adiamento foi motivado porque o DEM ainda não indicou o substituto da deputada Eliana Pedrosa (DEM), que renunciou ontem à vaga do partido na CPI.

Outro argumento é que a direção da Casa não publicou no "Diário Oficial" da Câmara Legislativa a nova composição das bancadas, provocada pelo fim do bloco do PPS com o PMDB, anunciado na terça-feira, e que retirou da presidência da CPI o deputado Alírio Neto (PPS).

Segundo o deputado, a separação dos partidos exige uma nova arrumação e, portanto, pode influenciar diretamente na composição da CPI.

Os aliados ainda buscam um substituto para a vaga de Eliana, que é ex-secretária de Desenvolvimento Social do governador José Roberto Arruda (sem partido), um dos alvos da CPI.

Para a vaga da deputada, deveria assumir o deputado Geraldo Naves (DEM), mas ele já estava como titular porque foi indicado pelo PMDB para a cadeira de Alírio Neto, ex-secretário de Justiça e que foi pressionado pelo comando do PPS a atuar contra Arruda.

O DEM vai oferecer o posto da deputada para outro aliado --um dos nomes em avaliação é do deputado Cristiano Araújo (PTB). Os aliados trabalham para deixar a presidência da CPI nas mãos de Naves, amigo do governador e suplente de Paulo Roriz (DEM), secretário de Habitação de Arruda.

Segundo Eliana Pedrosa, ela deixou a vaga para garantir mais credibilidade às investigações. "[Saio da CPI] Observando o princípio da proporcionalidade partidária, para que haja uma composição mais justa e heterogênea, maior transparência e para que não paire dúvidas quanto à seriedade do processo de investigação."

Mesmo com a saída dos ex-secretários, a CPI da Corrupção vai continuar controlada por governistas.

O relator, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), ex-secretário de Justiça, e o deputado Batista das Cooperativas (PRP), prometem ditar o ritmo da apuração. O único representante da oposição da CPI é o deputado Paulo Tadeu (PT).

As investigações começaram no dia 11 de janeiro, mas ainda não trouxeram resultados. Os distritais nem encaminharam ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) o requerimento aprovado que pedia cópia do inquérito que investiga o esquema de corrupção no Distrito Federal.

Nem mesmo o depoimento de Durval Barbosa, delator do esquema, a CPI conseguiu viabilizar. Diante da disputa entre governo e oposição sobre a participação de Barbosa, o delator pediu o adiamento, alegando que não poderia entrar em um ringue político.

Por: Márcio Falcão

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