A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia pode intervir no caso de prostituição infantil de Conceição da Barra (ES), como tem feito em Catanduva, interior de São Paulo.
A informação é do presidente da CPI, senador Magno Malta (PR), que entrou em contato com o promotor responsável pelo caso Diego Gomes Castilho ao saber da prisão de pai e mães que prostituíam e abusavam das próprias filhas na cidade.
Segundo o senador, a CPI se colocou à disposição do Ministério Público Estadual para que a comissão seja oficiada caso necessite de uma diligência na cidade por conta dos casos de pedofilia na região.
"O promotor nos informou que a situação de abuso de criança em Braço do Rio é pior ainda. Se ele continuar constatando essas denúncias, através das investigações que iniciou, é bem possível que façamos uma diligência no município", ressaltou Malta.
A Promotoria de Conceição da Barra entrou em contato com a procuradora Catarina Cecin Gazeli para saber quais os procedimentos serão adotados para encaminhamento do material à CPI. "Não temos experiência com CPI, então precisamos dessa parceria. De imediato vamos mandar os depoimentos que temos das crianças e dos detidos, além do material apreendido durante as prisões", explicou o promotor reafirmando que as investigações do caso continuam apurando todas as denúncias recebidas da população sobre abuso sexual infantil em Conceição da Barra.
Entenda o caso:
O encarregado de obras José Fernandes da Silva, 62 anos, conhecido como Alemão, é acusado de ser gerenciador de prostituição infantil em Conceição da Barra, Norte do Estado. Ele foi preso na última quinta-feira, dia 19 de março, com mais oito pessoas, entre elas os pais de três crianças. Na casa dele foi encontrado um vasto material pornográfico e fotos das crianças em celulares e álbuns, que era usado para praticar o crime.
Entre as crianças usadas por ele, estão duas, de 11 e 12 anos, que são filhas de S.M.S.C. e V.S. Marido e mulher, além de prostituírem as filhas, ainda abusavam sexualmente delas, inclusive em orgias onde elas contam que praticavam sexo oral na mãe e vice-versa.
Nos relatos das meninas há casos em que as relações sexuais eram feitas em troca de verduras e frutas. Os valores recebidos também eram irrisórios. Em alguns casos, os clientes pagavam RS 2,00 pelo programa.
As meninas ainda contam que eram obrigadas a assistir às cenas dos filmes pornográficos de Alemão e tinham que repetir o que estavam vendo.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições