CPI da região serrana visita Teresópolis nesta sexta-feira

CPI da região serrana visita Teresópolis nesta sexta-feira

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:52

A CPI da região serrana aprovou na quinta-feira (10) o primeiro roteiro de visitas às cidades atingidas pelas fortes chuvas em 11 de janeiro e, nesta sexta-feira (11), quando a tragédia que matou mais de 900 pessoas completa dois meses, a comissão fará sua primeira visita ao município de Teresópolis, onde será recebida pelo prefeito Jorge Mário Sedlacek.

A visita tem o objetivo de saber como é feito pelo município a identificação das áreas de risco, conhecer o sistema de monitoramento de construções irregulares, sistema de medidas compensatórias em empreendimentos e as regras básicas na aprovação da construção de condomínios.

Logo após, os membros da CPI irão para Câmara Municipal, onde tomarão ciência da legislação municipal para o uso e parcelamento do solo bem  como um levantamento das ações da Câmara de Teresópolis no acompanhamento  da tragédia. De acordo com o relator da CPI, Nilton Salomão (PT), após as primeiras oitivas na sede da Alerj o recolhimento de dados dos municípios  darão  clareza  a  CPI  no  que  diz  respeito ao critério de convocação dos agentes políticos para as futuras audiências a qual serão convocados.

- Fazem-se necessários o recolhimento deste tipo de dados em cada prefeitura e cada  Câmara  Municipal  para  dar mais clareza àquilo que é realmente  o  objeto  de  nossa  investigação.  Não  tenho  dúvida de que a

responsabilidade  da  tragédia  da região serrana não é apenas da natureza. Ações  preventivas  poderiam  ser  tomadas, senão evitando todas as mortes, atenuando essa que foi uma das maiores tragédias que se tem conhecimento na história de nosso país.

A  CPI  da  região  serrana  visitará no sábado (12) o município de Nova Friburgo  sob orientação do mesmo cronograma a ser efetuado no município de Teresópolis.  A  comissão deverá também visitar alguns abrigos e áreas onde houve escorregamento de terra em área de encostas.

Tragédia das chuvas Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.

Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 900 pessoas e deixaram quase 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.

As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades. No dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. No dia 27 do mesmo mês, a presidente esteve no Rio e anunciou a entrega de 8.000 casas para desabrigados.

A ajuda também veio através de doações. Pessoas de diversos estados e países se comoveram com a tragédia e enviaram principalmente dinheiro, roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Em fevereiro, as maiores necessidades, de acordo com as prefeituras dos municípios afetados, são material de limpeza, material de higiene pessoal e material descartável (como copos e fraldas).

Os animais que perderam seus donos e conseguiram sobreviver não foram esquecidos pela corrente de solidariedade. Entidades de defesa dos animais e pet shops organizaram feira de adoções. Centenas de cães e gatos ganharam novos lares e há até fila de espera de pessoas interessadas em cuidar dos bichinhos.      

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