Crianças é que estão sendo punidas sem contato com a mãe, diz advogada

Crianças é que estão sendo punidas sem contato com a mãe, diz advogada

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:49

“As criaturas que estão sendo punidas são as crianças que estão sem o direito de se quer ter o contato diário com a mãe. Há mais de um mês estamos tentando o direito de amamentação (...)”, disse a advogada Margareth Zanardini, que defende o casal que teve as filhas trigêmeas levadas para um abrigo por decisão da Justiça.

As trigêmeas nasceram de inseminação artificial e uma delas teria sido rejeitada pela família após o nascimento em uma maternidade de Curitiba, no dia 24 de fevereiro deste ano. Segundo o médico que implantou os embriões na mulher, Dr. Karan Abou Saad, o pai esperava que o tratamento resultasse no nascimento de no máximo dois bebês. Uma liminar determinou que as três crianças fossem levadas pelo Conselho Tutelar, depois de a maternidade ter acionado o Ministério Público. O caso segue em segredo de justiça.

Em entrevista ao G1 , a advogada disse que a história de que o pai teria tentado abandonar uma das filhas no hospital é verídica “somente em partes”. Contudo, Zanardini não apresentou a versão do casal, cliente dela, para o caso. O processo corre “sob segredo de justiça e nem sei como vieram essas informações para a imprensa. A maioria delas equivocadas e inverdadeiras (sic)”, afirmou a advogada.

Um pedido, em nome das crianças, enviado à Justiça solicitando o direito de ser amamentadas e visitadas pela mãe resultou na concessão de uma visita semanal de duas horas. “No Estatuto da Criança e do Adolescente é estabelecido que se deve priorizar o convívio familiar”, ressaltou Zanardini. Segundo ela, dezenas de pedidos foram encaminhados em primeira e segunda instância para que os pais tenham o direito de reaver as filhas.

Durante esta semana, a advogada do casal vai tentar uma nova liminar para que os clientes tenham acesso às filhas que estão em um abrigo. A maternidade onde as meninas nasceram, e responsável em acionar o Ministério Público, não se pronuncia sobre o assunto.

Dr. Karan Abou Saad informou que os pais sabiam que nasceriam três bebês desde os primeiros exames da gravidez. Em entrevista ao G1 , o médico disse que em 36 anos de profissão nunca tinha visto uma situação destas. "Pra mim é uma novidade, nunca vi um casal rejeitar um filho após um tratamento para engravidar", afirmou.    

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